Na última terça-feira (09), ocorreu a Audiência Pública: transporte público coletivo de Mariana. Marcada para as 18h, no Centro de Convenções Alphonsus de Guimarães, a sessão circundou o programa Tarifa Zero, que vem sendo alvo de críticas por muitos marianenses. O programa que teve início em fevereiro de 2022, vigorando em fase de teste por 6 meses, atualmente subsiste perante a Lei Municipal 3.715 de 31 de julho de 2023, com validade até o dia 31 de janeiro de 2024, com possibilidade de renovação.
Estavam presentes no encontro, membros do poder executivo e legislativo de Mariana, e um número considerável de cidadãos para acompanhar a apresentação inicial, feita pela engenheira do Departamento Municipal de Trânsito, Cristiane Costa. No levantamento feito por ela, constavam informações importantes como a troca escalonada de 10 veículos 0km, o número de passageiros, que chegam até 450 mil usuários mensais e o valor fixo pago pela Prefeitura de R$ 1.579.000,00 (um milhão, quinhentos e setenta e nove mil). Neste valor ainda entram algumas variáveis econômicas, causadas por alguma circunstância adversa. Além disso, foi apresentado em caráter formal a possibilidade do uso do aplicativo MOOVIT, ferramenta online que mostra horários, percursos e duração de viagens dos ônibus, facilitando a vida dos usuários.
Após esta apresentação, a Secretária de Administração, Arlinda Gonçalves, juntamente com a Secretária de Segurança Pública, Marta Guido, deram prosseguimento à sessão lendo e esclarecendo as dúvidas da população. A participação popular foi ofertada de duas formas, como já havia sido orientado pela organização. O cidadão que tivesse o interesse em participar teria a possibilidade de escrever seu comentário num papel para ser lido pela secretária, ou escolher ter voz durante a reunião.
Na maioria dos papéis lidos, as reclamações eram similares. Linhas distritais com pouquíssimos horários, veículos em condições deploráveis e a superlotação. Como resposta às reivindicações, ambas secretárias enfatizaram que estão fazendo ajustes nas linhas e pediram a conscientização dos usuários quanto ao depredamento dos ônibus e o bom senso em usá-los. Outro assunto relevante levantado foi pela ex-vereadora, Aída Anacleto, sobre o assédio sofrido pelas mulheres nos coletivos. Quanto a isso, Marta Guido foi rigorosa em enfatizar que nenhuma mulher pode se calar diante deste crime e que deve denunciar o mais rápido possível para que as autoridades tomem as atitudes corretas.
Ao fim, o Prefeito Celso Cota fez seu discurso pontuando a importância do Tarifa Zero, que garante mobilidade e dignidade a vários cidadãos que não teriam condições de pagar as tarifas previstas. Até pelo fato de o cálculo ser R$ 5,40 para linhas circulares e até R$ 25,00 para linhas distritais. O líder do poder executivo ainda apresentou o projeto da Alça Viária para o tráfego de veículos pesados e de um segundo acesso ao bairro Cabanas. Os dois projetos visam a melhoria do trânsito em Mariana e garantia de maior locomobilidade para a população.