Durante sua entrevista à Rádio Mariana FM, o Prefeito Celso Cota abordou a persistente escassez de água que afeta a cidade. Ele destacou os investimentos rápidos que a prefeitura tem feito, incluindo a distribuição por meio de caminhões-pipa. No entanto, apesar dessas ações, os transtornos ainda persistem na cidade.
O prefeito falou sobre um investimento em uma adutora destinada a suprir um poço artesiano no Morro Santana, uma iniciativa realizada em 2021. Contudo, ressaltou que houve uma lacuna ao esquecerem a necessidade de estender a adutora até o reservatório pronto no Alto do Rosário. Segundo ele essa medida, garantiria o abastecimento completo de parte do bairro Rosário.
Celso enfatizou o rápido crescimento de Mariana e as ocupações irregulares sem monitoramento adequado, apontando para a necessidade de controlar o uso da água por meio de hidrômetros. Isso seria fundamental para evitar usos inadequados, especialmente durante períodos de seca.
Além disso, ele anunciou o início, nesta semana, de uma obra de expansão da rede na Cartucha, no Terreno do Vaguinho, que visa abastecer o reservatório já existente no bairro, podendo ser ampliada conforme a demanda. Essa extensão também será conectada ao reservatório central da Cidade Alta.
Diante dos relatos do Prefeito Celso Cota, o Jornal Ponto Final buscou esclarecimentos com o Ex-Prefeito interino Juliano Duarte sobre a adutora não concluída no Morro Santana. Duarte explicou que seu mandato priorizava mitigar a escassez de água na cidade. Destacou-se a licitação de poços artesianos, estudos hidrológicos e a identificação do local próximo à região do Gogo para perfuração, que rendeu uma vazão de quase 10 litros por segundo.
Ele detalhou a licitação de seis reservatórios para Mariana, incluindo dois para o bairro Rosário, um de 500 mil litros construído em substituição a uma caixa que apresentava risco de rompimento, e outro de 1 milhão de litros, ainda não conectado à rede. O ex-prefeito explicou que o próximo passo é ligar esse segundo reservatório ao poço, situado a 1,8 km do bairro Morro Santana, aumentando em quase 1 milhão de litros a disponibilidade de água para a comunidade.
Juliano Duarte também informou que a prefeitura buscou apoio financeiro da Samarco, com Rodolfo Samorini, para a licitação da rede adutora. Contudo, devido a saída de sua gestão da Prefeitura Municipal o processo de licitação, ficou parado e não foi adiante em outras gestões impedindo assim a conclusão da adutora. “A água foi uma das prioridades do nosso mandato”, concluiu o então vereador Juliano Duarte.