Diante de questionamentos da população sobre a redução da frequência da coleta seletiva em Mariana, Tatiane, responsável pelo CAMAR (Catadores de Materiais Recicláveis), contatou o Jornal Ponto Final para esclarecer os motivos por trás da defasagem no serviço e explicar os desafios enfrentados pela associação.
A cidade de Mariana experimentou um crescimento significativo, especialmente após a vinda de empresas na região. Com esse crescimento, novos desafios surgiram para o CAMAR, que enfrentam dificuldades em competir com as condições oferecidas pelas empresas, como salários mais altos e benefícios. O modelo da associação, sem vínculos trabalhistas formais, torna-se menos atrativo para os trabalhadores.
Tatiane ressalta que a associação enfrentou uma perda significativa de pessoal, pois não consegue oferecer garantias salariais mensais, uma vez que os salários são baseados na produção e nas vendas, dependendo das variações de preço e das condições climáticas. Anteriormente, a associação atendia 42 pessoas, mas agora conta apenas com 12 colaboradores.
A dificuldade em atrair trabalhadores também se reflete na falta de ajuda suficiente para cobrir as rotas de coleta seletiva, resultando em reclamações por parte da população. Tatiane destaca o esforço da equipe atual, composta por membros que estão na associação há anos e estão comprometidos em manter o serviço de coleta seletiva, que já atua em Mariana há muitos anos.
“A associação está tentando manter seu trabalho de coleta seletiva, está tentando também gerar renda para se manter dentro da associação que tem oportunidade de trabalhar nas empresas”, explica Tatiane. Ela reforça a preocupação da associação em explicar à população os desafios enfrentados e a importância de manter esse serviço essencial para o meio ambiente e a comunidade local.
A entrevista na íntegra pode ser conferida no canal do Youtube do Jornal Ponto Final assim como em suas redes sociais.