A cidade de Mariana foi palco de uma controvérsia envolvendo o Hospital Monsenhor Horta e a Prefeitura Municipal. Após um corte temporário nos procedimentos realizados na instituição, desencadeou-se uma grande repercussão que envolveu diversos grupos políticos e a população em geral.
O Hospital Monsenhor Horta alega que os cortes foram necessários devido à falta de repasses por parte da Prefeitura de Mariana, que acumulavam aproximadamente quatro meses consecutivos em atraso. Os valores referiam-se a contratos firmados entre a instituição e o município para serviços como Semi-intensiva, Pronto Atendimento, hemodiálise, cirurgias eletivas e exames diversos.
Em resposta aos acontecimentos, a Secretaria de Saúde de Mariana emitiu uma nota de esclarecimento, afirmando que a gestão mantém responsabilidade com suas obrigações financeiras e contratuais. Alegou que a falta de repasses se deu em razão das sérias restrições financeiras enfrentadas pelo município devido aos atrasos no repasse de recursos provenientes do CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral), uma das principais fontes de receita da cidade. A Secretaria lamentou a postura do Hospital Monsenhor Horta, tratando o contrato como uma ameaça à saúde dos cidadãos, ressaltando que o hospital é um prestador de serviço e deve cumprir suas obrigações contratuais.
Em contrapartida, o hospital alega que fez tentativas de regularizar os repasses em atraso, contestando a nota emitida pelo município. Informou que após a suspensão temporária dos atendimentos aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde, uma reunião entre representantes do hospital e da Prefeitura de Mariana ocorreu na tarde do dia seguinte, resultando na quitação parcial dos valores em atraso e um compromisso de pagamento do restante. Após esse acordo, o atendimento aos pacientes do SUS foi restabelecido. A administração do Hospital Monsenhor Horta afirmou que sempre priorizou a saúde e o bem-estar da comunidade e está ciente de sua responsabilidade em oferecer cuidados médicos e hospitalares de qualidade a todos os cidadãos, no entanto, para cumprir efetivamente essa missão, precisam contar com recursos adequados para manter o funcionamento de forma sustentável. “A inadimplência prejudica o pagamento dos honorários médicos, como a folha de salário dos colaboradores, além da continuidade da prestação de serviços de qualidade, visto que afeta a compra de insumos e o pagamento de despesas essenciais para o funcionamento do Hospital”, explica a direção.
Esse impasse envolvendo o Hospital Monsenhor Horta e a Prefeitura de Mariana tem preocupado a população, que teme pela continuidade dos serviços essenciais prestados pela instituição.