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Atendimento de emergência na Policlínica é questionado por usuários

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Coordenador dos Serviços de Urgência e Emergência diz que todo paciente que chega à Policlínica sem ter sido encaminhado pelo SAMU passa por uma avaliação inicial realizada por enfermeiros.

A equipe do Jornal Ponto Final recebeu uma denúncia sobre um episódio de atendimento na Policlínica Central que levantou questões sobre a eficácia dos protocolos de triagem e prioridades de atendimento. Segundo informações recebidas, um jovem em uma cadeira de rodas chegou à Policlínica apresentando fortes dores abdominais, mas não recebeu atendimento de emergência imediato e foi direcionado para a sala de triagem, mesmo em uma situação crítica. Além disso, relatos indicam que ele recebeu morfina como medicação para aliviar a dor, evidenciando a urgência de um tratamento imediato.

Diante dessa grave denúncia, a redação entrou em contato com o Secretário de Saúde, Jonathan Chaves, para obter esclarecimentos sobre o ocorrido. O Coordenador dos Serviços de Urgência e Emergência, Elton Magno, respondeu às perguntas levantadas, destacando que todo paciente que chega à Policlínica sem ter sido encaminhado pelo SAMU passa por uma avaliação inicial realizada por enfermeiros, a fim de verificar os sinais vitais e determinar se o caso requer atendimento de urgência. No entanto, devido à falta do nome do paciente na denúncia, não foi possível obter informações detalhadas sobre o atendimento prestado após a triagem.

Em conversa com o coordenador dos serviços, foi explicado que todos os pacientes que necessitam de atendimento em uma Unidade de Urgência e Emergência são submetidos a uma avaliação realizada pela equipe de enfermagem na sala de triagem, seguindo o Protocolo de Manchester. Esse procedimento está em conformidade com as melhores práticas de gestão de unidades de saúde de atendimento “porta aberta”, sendo adotado em diversos estabelecimentos ao redor do mundo e amplamente reconhecido e recomendado pelo Ministério da Saúde. Vale ressaltar que essa etapa não tem a finalidade de diagnosticar o paciente, mas sim de verificar o nível de risco apresentado.

Quando questionado sobre os critérios de triagem utilizados na Policlínica e a definição das prioridades de atendimento, Elton explicou que eles são baseados no protocolo de Manchester, adotado em todas as Unidades de Urgência do Brasil. Esse protocolo se baseia em estudos dos sinais e sintomas do paciente, conforme os critérios estabelecidos pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco. Com o aumento da demanda por atendimento nas unidades de urgência em todo o país, o protocolo de Manchester foi instituído com o objetivo de priorizar os casos mais graves. O sistema de classificação de risco é um processo dinâmico que reconhece os pacientes que necessitam de tratamento imediato, levando em consideração o potencial de risco, os agravos à saúde ou o grau de sofrimento, de modo a priorizar o atendimento de acordo com a gravidade clínica e não a ordem de chegada.

Em relação ao tempo máximo estabelecido para o início do tratamento adequado, o protocolo de classificação de risco utiliza diferentes cores para sinalizar a urgência dos casos. A “emergência” é indicada pela cor vermelha e requer atendimento imediato; a situação “muito urgente” é sinalizada pela cor laranja, com tempo máximo de atendimento de 10 minutos; a classificação “urgente” é representada pela cor amarela, com tempo máximo de atendimento de até 60 minutos; a classificação “pouco urgente” é indicada pela cor verde e pode ser atendida em até 120 minutos; já a classificação “não urgente” é representada pela cor azul e permite um atendimento em até 240 minutos.

No que diz respeito às diretrizes e políticas de treinamento e capacitação dos profissionais de saúde da Policlínica para lidar com situações de emergência e atendimento prioritário, Elton ressaltou que elas são baseadas em protocolos instituídos pelo Ministério da Saúde, na Lei Orgânica 8.080 e no Grupo Brasileiro de Classificação de Risco. Todos os profissionais de enfermagem de nível superior são treinados, aprovados e habilitados para avaliar as queixas, sinais e sintomas dos pacientes. É importante destacar que todos os atendimentos são fundamentados nos princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS), como Universalidade, Equidade e Integralidade.

Para fornecer um canal de feedback e permitir que os usuários da Policlínica registrem denúncias ou relatem problemas relacionados ao atendimento, existe um sistema de ouvidoria no qual as reclamações são direcionadas ao Secretário Municipal de Saúde e ao coordenador responsável.

Diante dos fatos apresentados, o Coordenador dos Serviços, Elton Magno, colocou-se à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas e buscar soluções para os problemas enfrentados diariamente na unidade.

As autoridades de saúde, juntamente com os profissionais envolvidos, devem analisar atentamente essa questão, a fim de garantir que os pacientes recebam o atendimento adequado de acordo com a gravidade de seus casos, assegurando, assim, a eficácia e a qualidade dos serviços de saúde prestados.