A violência contra a mulher ocorre em diversos contextos, afetando mulheres de todas as idades, raças e classes econômicas. Diante desse quadro preocupante, é essencial informar e conscientizar a população sobre o tema, incentivando as mulheres a denunciarem e exigirem respeito dos agressores.
Em entrevista com a Coordenadora do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) de Mariana, Rosana Araújo Dias, destacou-se a importância da Lei Maria da Penha, que define cinco tipos de violência contra a mulher: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Rosana também apontou o machismo e a estrutura patriarcal como principais causas da violência, ressaltando que a saúde mental das mulheres pode ser profundamente afetada pelas agressões, deixando sequelas emocionais e sociais profundas.
Um dos principais desafios enfrentados pelas mulheres ao denunciarem casos de violência é a minimização de suas falas pela sociedade patriarcal. No entanto, Mariana conta com recursos e serviços disponíveis para auxiliar as vítimas. O CREAS é um serviço de referência no acompanhamento a pessoas em situação de violência de gênero, oferecendo apoio e encaminhamentos necessários. Além disso, a cidade conta com a Patrulha Maria da Penha, projeto da Guarda Municipal que oferece segurança por meio do “Botão do Pânico” e atendimento especializado. A Polícia Militar também possui uma Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica, que acompanha o cumprimento de medidas protetivas.
A conscientização sobre a violência contra a mulher tem sido disseminada por meio de campanhas nas mídias sociais, diálogos em escolas públicas municipais e ações promovidas por diversas iniciativas. Contudo, ainda há muito trabalho a ser feito para mudar a mentalidade patriarcal e combater efetivamente a violência de gênero.
A Coordenadora do CREAS, Rosana Araújo Dias, expressou sua esperança de que, em breve, haja uma queda significativa nos casos de violência contra mulheres e meninas em Mariana. Ela ressaltou a importância da união entre o Poder Judiciário, agentes de segurança pública, sociedade civil e o poder público municipal para criar uma rede eficiente de proteção às mulheres.
A violência contra a mulher é uma realidade preocupante em Mariana, assim como em todo o país. No entanto, o município tem buscado enfrentar esse problema por meio de ações de conscientização, suporte e proteção às vítimas. É fundamental que toda a sociedade se engaje nessa luta, promovendo a igualdade de gênero, respeito e dignidade para todas as pessoas. Somente com esforços conjuntos será possível construir um futuro mais seguro e igualitário para as mulheres de Mariana.