A EJA, sigla popularmente conhecida, é uma modalidade de ensino destinada às pessoas que não concluíram os estudos do Ensino Fundamental e Ensino Médio no tempo escolar apropriado. Após a formação na EJA, o aluno obtém o seu certificado de conclusão do Ensino Básico e está apto a ser inserido no mercado de trabalho. 

Em Mariana, a modalidade tem o principal objetivo de promover a inclusão social e o acesso de jovens e adultos à educação. Elizabeth Costa Reis, professora da EJA e Coordenadora de Projetos, está há 22 anos no segmento e afirma a importância da modalidade para os alunos. “Nós temos muitos alunos que iniciaram no ensino regular e por algum motivo não concluiu o ensino, aí na fase adulta voltou pra escola. Diferentemente do professor do ensino regular, na EJA nós precisamos sensibilizar o aluno. São vários grupos populacionais, são muitos perfis. Mães solos, uma pessoa que divide o tempo entre estudo e trabalho, idosos, pessoas transexuais… e nós precisamos colocar o aluno como protagonista do aprender, e o professor é essencial nesse processo, se tornando um mediador e refletindo sempre sobre a heterogeneidade e as especificidades do público da EJA”, destacou.

Durante a pandemia, a evasão escolar na modalidade foi acentuada devido, principalmente, ao distanciamento social e ao desemprego, já que muitos jovens e adultos abandonaram os estudos para trabalhar e sustentar a família. Maria Gorete de Oliveira, coordenadora de apoio da EJA, afirma o papel essencial dos docentes na busca para assegurar a permanência dos alunos em sala de aula. “Foi e é preciso desenvolver estratégias diferenciadas e significativas que deem sentido à aprendizagem, recriando uma sensação de pertencimento entre aluno e escola”.