Após suspensão dos alvarás que permitia ambulantes na Praça Gomes Freire a pauta foi levantada pelo Vereador Gilberto Matheus (Tikin) na última reunião da Câmara de Mariana. Um requerimento feito pelo edil solicita a presença do Supervisor de Fiscalização de Postura, Rodolfo Pereira, para uma reunião sobre os ambulantes cadastrados para comercialização de brinquedos, atrativos e diversão infantil na Praças Gomes Freire aos finais de semana devido os mesmos não estarem exercendo os seus direitos.
Segundo Tikin Matheus o jardim não tem atrativos infantis e virou local somente para adultos. “A gente entende que a fiscalização existe e depois de muita cobrança de frequentadores do Jardim não tem mais diversão, é só pra adulto. O Jardim está morto, sem felicidade. As pessoas que tem o cadastro e pagam os impostos com tudo protocolado é mais que direito. Os ambulantes precisam trabalhar”.
O Vereador Manoel Douglas (Preto do Cabanas) ressaltou a dificuldade enfrentada pelos ambulantes. “Também fui marcado nas postagens das redes sociais. Eu cresci dessa forma, sempre fui ambulante e a gente sabe a dificuldade que o vendedor ambulante enfrenta” explicou.
A postagem que o vereador se refere é a do cidadão Daniel Rivelli que é muito conhecido por vender balões flutuantes e brinquedos no Jardim, onde o mesmo solicita o retorno das atividades e pede apoio do legislativo. A mãe de Daniel, Andreia Rivelli pede apoio do Executivo para que Daniel volte às atividades no local. “Ele sempre vendeu no jardim. Me fala onde ele e os balões e brinquedos polui o Jardim como falaram? Poluída está a mente de quem não gosta de trabalhar e fica aí recebendo dinheiro do povo marianense. Porque ele paga pelo espaço que usa, não é de graça. Poluídos são aqueles que recebem dinheiro e não trabalham”.
Muito procurado pelas crianças, os aluguéis dos famosos carrinhos motorizados também foram lembrados pelo vereador Juliano Duarte. “Tinha um rapaz que explorava o Jardim, o Divimarlen Cruz, que abriu uma empresa em Mariana em relação aos carrinhos que ele alugava aos finais de semana. Fez um investimento e infelizmente a autorização dele também foi suspensa e teve um prejuízo muito grande. Ele até atendia uma demanda social para famílias de baixa renda. Não estou questionando a decisão da suspensão, mas é uma situação que merece uma reanálise”, defendeu Juliano.
Em contrapartida, o Presidente da Câmara cobra participação efetiva dos empresários quando solicitados para discutirem Leis. “Quando votamos um código de postura ninguém participa. Aí só lembram que votamos quando dói o lado deles e todos os empresários foram convidados e não compareceram. Vamos ter que mexer na Lei e fazer uma minirreforma na Lei porque um jeitinho não podemos dar” finalizou Vereador Fernando Sampaio.