Diante dos quatro anos da Tragédia de Brumadinho, na Grande BH, o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira (PSD) se reuniu, na última semana, com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), de Mariana e Brumadinho, com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), representado pelo procurador-geral Jarbas Soares Júnior. O encontro aconteceu no auditório da Faculdade de Direito da UFMG, no Hipercentro de BH, e também conta com as presenças da secretária de Estado de Planejamento e Gestão Luísa Barreto e da reitora da UFMG Sandra Regina Goulart.
Na reunião, Silveira ouviu duas demandas principais do MAB: a criação de uma secretaria dedicada aos atingidos por barragens e pessoas que vivem em áreas de risco de desastres dentro do Ministério de Minas e Energia; e a participação efetiva dos prejudicados pela mineração na repactuação do acordo de Mariana, que deve seguir os mesmos moldes do firmado pelo desastre de Brumadinho.
“Essa secretaria vai cuidar da segurança dos atingidos e dos passivos que o Estado brasileiro tem com os atingidos, criar políticas de prevenção aos 13 milhões de pessoas que estão em áreas de risco e também resolver os crimes socioambientais. O Estado brasileiro não está preparado para isso, desde o governo federal até as instituições de Justiça. Ele (o ministro Silveira) já se comprometeu com essa pauta numa reunião que tivemos em Brasília”, diz Joceli Andrioli, da Coordenação Nacional do MAB.