No final do ano passado o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Mariana (SAAE), realizou licitação para a locação de veículos utilizados nos serviços diários da autarquia municipal. Entretanto, empresas que venceram este certame não estão cumprindo o que foi determinado pela Ata de Registro de Preço 22/2022, prejudicando o atendimento à população de Mariana nos primeiros dias do novo ano.
Veículos como caminhões pipas ainda não foram incorporados à frota do SAAE porque a empresa responsável não apresentou nenhum até o momento. Atualmente somente quatro caminhões pipas de 20 mil litros estão atendendo a autarquia, porém esse tipo de veículo é utilizado para abastecer somente os reservatórios. “Caminhões desse porte não conseguem atender individualmente as pessoas, pois são de dimensões maiores e em muitos lugares nem chegam”, explica Armando Dutra, Chefe do Departamento de Frotas e Patrimônio do SAAE.
Além de caminhões, veículos leves, caminhonetes e compactos, também não foram apresentados, na sua totalidade, pelas empresas como o previsto na licitação. Com isso ações e serviços, como o desentupimento de redes de esgoto e água, que necessitam de um equipamento conhecido como roto rooter, não estão sendo executados por falta desses veículos no SAAE.
Para buscar uma solução amigável com as empresas que estão descumprindo o que foi proposto na ata de preços, o SAAE já fez um convite para que seus representantes apresentem uma justificativa para o não cumprimento da ata. “Vamos buscar o diálogo para solucionar este problema que tem afetado muito o atendimento à população marianense. Caso não haja consenso, vamos encaminhar este assunto ao nosso departamento Jurídico para que sejam tomadas as devidas providências administrativas”, adiantou Dutra.
Deixar de cumprir com um contrato com um ente público, além de trazer transtornos imensuráveis para a população, pode gerar dor de cabeça a fornecedores e prestadores de serviços. Uma das penalidades previstas no processo que originou a Ata de Registro de Preço 22/2022 do SAAE de Mariana é que a empresa pode ficar impedida de licitar e contratar com esta autarquia por um período de até cinco anos.
