Pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), desenvolveram um filtro capaz de destruir o coronavírus em esgoto hospitalar, antes mesmo que ele chegue às estações de tratamento. O trabalho que, teve início em julho de 2020, tem o objetivo de entender o que é feito com o esgoto contaminado oriundo dos hospitais.
.
Estudos de pesquisadores de pelo menos cinco países, incluindo o Brasil, apontaram a presença do novo coronavírus em amostras de esgoto coletadas semanas ou meses antes do primeiro caso registrado oficialmente na cidade chinesa de Wuhan, epicentro da pandemia de Covid-19.
.
A existência do Sars-CoV-2 nestas águas residuais faz com que o risco de contaminação seja considerado grave, principalmente em países com ausência ou insuficiência de tratamento de esgoto, o que poderia agravar a pandemia e manter o vírus circulando.
.
Na UFV, os estudiosos precisaram investir cerca de R$ 182 mil para a produção do filtro, que foram doados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
.
A técnica pode ser usada ainda para eliminar outros patógenos e até mesmo outros compostos químicos como antibióticos ou agrotóxicos que causam contaminação das águas e danos ambientais. Segundo o professor Tiago Antônio de Oliveira, líder da pesquisa, o desenvolvimento do filtro para remoção e inativação de SARS-CoV-2 está 100% concluído.