Com a reeleição de Romeu Zema, Minas Gerais começa a destacar as prioridades para os próximos quatro anos. Avançar no saneamento será um dos desafios: o governo terá que viabilizar a injeção de recursos no setor para reduzir o déficit de cobertura desse serviço básico entre a população do estado.
Segundo a Agenda da Universalização, preparada pela entidade ABCON SINDCON, quase 30% da população mineira não é atendida com coleta e tratamento de esgoto. Cerca de 5,5 milhões de pessoas vivem sem esse serviço básico. Outras 3,6 milhões não possuem acesso à água de qualidade.
O estudo calcula que, para tirar Minas Gerais do atraso secular em relação ao saneamento, é preciso investir R$ 91,8 bilhões nos próximos dez anos, sendo R$ 37,8 bilhões já no próximo governo (2023-2026).
A agenda utiliza dados de levantamento próprio e em parceria com a KPMG, além de informações do SNIS — Serviço Nacional de Informações sobre Saneamento e IBGE.
Minas Gerais ainda não aprovou na Assembleia Legislativa sua lei de regionalização, que pretende instituir 22 blocos de municípios como referência para a prestação de serviço das operadoras. Além disso, 61 municípios ainda estão com contratos irregulares, dos quais 60 têm menos de 50 mil habitantes.
Há no estado 20 concessões de saneamento à iniciativa privada, cujo investimento em ligação de água e esgoto é quase o dobro da média estadual (R$ 116,55 por ligação de água e esgoto entre as concessionárias privadas, contra a média de R$ 65,08).
Somente para o saneamento Zema precisará investir R$ 37,8 bilhões
- 01/12/2022
- 14:55
- Mundo
- Ponto Final
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