No final do último dia 18, mais 443.700 vacinas contra Covid-19 desembarcaram no Aeroporto Internacional de Confins. A maior parte delas, 435.500, é do imunizante da Astrazeneca, enquanto as demais, 8.200, são da Coronavac. Ainda está previsto que outras 64.350 doses da vacina da Pfizer cheguem esta semana, totalizando 508.050 novas doses no Estado.
As unidades da Coronavac, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), serão utilizadas para completar o reforço de quem ainda precisa da segunda dose. Os imunizantes da Astrazeneca serão para a segunda dose de idosos de 60 a 69 anos e os da Pfizer serão utilizados para avançar na vacinação de pessoas com comorbidades, grávidas, puéperas e pessoas com deficiência.
Com as novas unidades, Minas chegará a 9.255.230 doses recebidas por meio do Ministério da Saúde. Por ora, menos da metade das unidades recebidas foi aplicada, segundo a SES-MG. Até então, cerca de 4,2 milhões de pessoas receberam ao menos uma dose de imunizante em Minas e cerca de 2 milhões, ou aproximadamente 9,8% da população do Estado, as duas.
No processo de distribuição das doses aos municípios de Minas Gerais ainda há muita insatisfações por parte dos prefeitos em relação a logística adotada para o envio à cada cidade enquanto o país vive o fantasma de uma possível terceira onda de Covid-19. Em várias cidades, não chegaram doses suficientes para imunizar idosos e profissionais de saúde, impossibilitando um maior avanço no processo. A Secretaria de Estado de Saúde afirma que as entregas levam em conta cadastros federais referentes aos grupos prioritários contemplados em cada remessa de imunizantes. Mas, mesmo que haja diferenças entre número de idosos e profissionais de saúde nos municípios, há discrepâncias muito perceptíveis. De acordo com Vacinômetro do Estado, Betim recebeu 121.811 vacinas contra a Covid. Embora tenha 107 mil habitantes a menos que Betim, Uberaba recebeu 125.432 doses.
A vacinação é uma urgência de todos, uma boa forma para se observar como a vacina contra a Covid pode salvar vidas é olhar para o público com mais de 80 anos, contemplado no início do processo de imunização, em fevereiro onde as mortes nesse grupo corresponderam ao percentual de 25% a 30% de todos os óbitos por Covid ao longo de 2020. Mas no final de abril de 2021 esse índice recuou para 13%. Dados da Secretaria de Saúde de Betim também apontam para uma redução no número de internações e mortes entre idosos com mais de 80 anos.
Em janeiro, esse grupo correspondeu a 33% dos óbitos. Em março caiu para 17% e, em abril, para 12%. Em maio, a tendência é de mais uma queda percentual. Até o momento, neste mês foram registradas três mortes por Covid nesse grupo etário. Em Mariana o secretário de saúde, Danilo Brito, afirma que deficiência e falta de vacinas infelizmente irão ocorrer “não é um problema de Mariana, Minas gerais, é um problema no Brasil” explicou.