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UFMG tem obras paradas por falta de dinheiro, desde 2016

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A estimativa é de que R$ 30 milhões sejam necessários para custear as reformas.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sob forte impacto das reduções orçamentárias ocorridas nos últimos anos, tem três obras paralisadas desde 2016 por falta de recursos para bancar as manutenções. As pendências estão na Escola de Música e em duas unidades administrativas da instituição. A estimativa é de que R$ 30 milhões sejam necessários para custear as reformas, segundo a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, a situação de dificuldade financeira vivenciada pela universidade que já contabiliza um déficit de 1.200 servidores e tem dificuldades de manter manutenções básicas na infraestrutura. Uma equipe técnica da UFMG identificou a necessidade de reformas na Biblioteca Central, e no Campus Pampulha. Vistorias da Defesa Civil de Belo Horizonte e de professores dos departamentos de Engenharia de Estruturas e de Materiais de Construção constataram danos estruturais no prédio. 

Além do desgaste na biblioteca, as dificuldades da UFMG são evidenciadas em números. Desde 2016, sob impacto do teto de gastos públicos e cortes do governo federal, o orçamento direcionado para a manutenção do quadro de pessoal praticamente não teve aumento. Por outro lado, a verba discricionária, que é empenhada nos gastos com manutenção de infraestrutura, custeio de bolsas, financiamento de pesquisas e assistência social sofreu um corte de 45%.

No período, a receita despencou de R$ 349 milhões em 2016, para R$ 192 milhões em 2022, conforme painel da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). “O impacto enorme desses custos é na infraestrutura da nossa universidade. É onde a gente teve o maior corte. Nos últimos anos a UFMG perdeu 80% do seu orçamento que vinha justamente para o que a gente chama de capital investimento, que é o que vamos investir em obras, equipamentos”, atestou Goulart. 

Conforme a reitora, além das três obras que seguem paralisadas e sem previsão de retomada, a UFMG conseguiu recentemente reiniciar as intervenções em um anexo da Escola de Belas Artes. “A gente não tem conseguido retomar as obras no ritmo que a gente gostaria. Nós temos alguns laboratórios que estão defasados, aparelhos que a gente precisaria adquirir ou manter a manutenção dos aparelhos”, acrescentou Sandra.