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EM Minas Gerais mais de 6.000 pessoas esperam por transplante de órgãos e tecidos

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As filas de espera no mundo inteiro são maiores do que o número de órgãos que temos para transplantar, mas no Brasil a desproporção é maior do que em alguns países.

Já ultrapassa a marca de 6.000 pessoas na fila de espera por transplante de órgãos e tecidos em MG. Os dados divulgados pelo MG Transplantes reforçam a necessidade de conscientização sobre o gesto nobre, que salva vidas. De 2019 a 2021, o crescimento foi de 36%.
    Neste ano, a situação está ainda mais grave, já que, até o dia 6 de setembro, 6.003 pessoas aguardavam por uma ligação que pode mudar suas vidas.

   Atualmente, rins e córneas são os órgãos com mais pacientes na fila:2.933 e 2.901, respectivamente. Neste ano, foram realizados 1.301 transplantes no Estado, sendo que julho foi o mês com mais procedimentos (209).

    Para quebrar os tabus em torno da doação de órgãos e tecidos, o MG Transplantes e a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) têm realizado campanhas de conscientização durante todo o ano, especialmente neste mês.

   Há duas formas de doar órgãos, em vida e após a morte. Na segunda opção, é preciso que a família esteja ciente. Se você deseja ser um doador, basta comunicar aos parentes, pois torna o procedimento mais fácil, afirma o diretor do MG Transplantes.

   O cirurgião e coordenador de transplante de fígado da Santa Casa de Belo Horizonte, Agnaldo Soares, alerta sobre a situação de Minas no cenário nacional. “As filas de espera no mundo inteiro são maiores do que o número de órgãos que temos para transplantar, mas no Brasil a desproporção é maior do que em alguns países. Por aqui, existem as diferenças regionais. Alguns Estados se destacam com número grande de doadores: Santa Catarina e Paraná, por exemplo; enquanto outros, como os da região Norte e Minas Gerais, estão abaixo da média nacional”, afirma.

   Os procedimentos para doação de órgãos seguem uma portaria do Conselho Federal de Medicina, conforme explica Soares. “A portaria determina os exames a serem realizados, e as circunstâncias para que seja atestada a morte encefálica, que é a situação em que o cérebro está completamente sem circulação de sangue, embora o coração esteja batendo. O paciente está morto e não vai sofrer, e, por cuidado das equipes, o corpo é reconstituído. Doe órgãos, porque salvam vidas.