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Minas Gerais suspende vacinação em grávidas sem comorbidades

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Calafrios, sensação febril e dor de cabeça são consideradas muito comuns pela bula da vacina.

Na última terça-feira (11) foi suspensa a aplicação da vacina contra Covid-19 produzida pela Astrazeneca em gestantes devido ao registro da morte de uma grávida por acidente vascular cerebral (AVC) depois de tomar a vacina. A ocorrência é investigada pelo Ministério da Saúde e pode não ter qualquer relação com o imunizante. Ainda assim, a bula da vacina traz uma série de possíveis efeitos colaterais da vacinação, como dor no corpo, calafrios, dor de cabeça e sensação febril, que são considerados muito comuns e que, na avaliação da própria bula, não devem preocupar a não ser que persistam por mais dias. Vacinadas um dia antes da suspensão do uso do imunizante, gestantes relatam o que sentiram depois de receber a dose. 

Sendo assim, os 853 municípios mineiros foram orientados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), na tarde desta quarta-feira (12), a suspender a vacinação contra a Covid-19 nas grávidas sem comorbidades. A partir de agora, somente as gestantes com doenças preexistentes devem ser imunizadas no Estado. E, mesmo assim, apenas com a Pfizer ou a Coronavac. Vale lembrar que por exigir refrigeração especial, todas as doses da Pfizer que chegaram em Minas foram destinadas para Belo Horizonte. Já a Coronavac está escassa em todo o território brasileiro, inclusive com atraso para aplicação da segunda dose em idosos. Na capital, por determinação da prefeitura, a suspensão da vacinação nas grávidas sem comorbidades já está em vigor desde as primeiras horas desta quarta. No município, a imunização das gestantes doentes prossegue com doses da Pfizer.            

O presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Agnaldo Lopes, alerta que as reações mais comuns descritas na bula da vacina não devem ser motivo de preocupação, a não ser que persistam — como uma dor de cabeça que estenda por dias. Ele também pontua que qualquer medicamento ou imunizante traz o risco de efeitos colaterais. “Mesmo que a relação entre a vacina e o óbito seja aprovada, seria um evento grave, mas raro. A grande maioria das gestantes não vai ter isso, então a primeira questão é tranquilizar quem já tomou a vacina.  Aplicamos o imunizante em milhões de pessoas que estão saudáveis, então qualquer dor de cabeça, qualquer problema, é interpretado como malefício por elas”, diz.    

Cerca de 15 mil gestantes receberam a primeira dose da Astrazeneca no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Ao mesmo tempo, só em Minas Gerais, os dados mais atuais da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), informam que, até o dia 5 de maio, 61 gestantes morreram por Covid-19, 45 delas em 2021.