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Saberes do Reinado em Ouro Preto são oficializados como Patrimônio Cultural do Brasil 

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AVANÇO. Práticas culturais serão inscritas no Livro dos Saberes como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

Saberes do Reinado em Ouro Preto foram reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A decisão foi oficializada na reunião realizada na terça-feira (17), em Brasília (DF), pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. O órgão é vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a decisão contempla os Reinados, Congados e Moçambiques de Minas Gerais. 

O Conselho é o órgão colegiado de decisão máxima do Iphan, responsável pelo exame, apreciação e decisões relacionadas à proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro. Tal atuação, abarca o tombamento e a rerratificação do tombamento de bens culturais de natureza material, o registro e revalidação de registro de bens culturais imateriais e a autorização para a saída temporária do país de bens sob tutela da União, entre outras questões. 

Conforme o Iphan, os saberes são um conjunto de práticas culturais, espirituais e sociais que envolvem a devoção a Nossa Senhora do Rosário e a outros santos de devoção como São Benedito e Santa Efigênia. As práticas incluem a realização de rituais como coroações de reis e rainhas congos, danças, cortejos, cantos e rezas. São conhecimentos passados por gerações que conectam os participantes à sua ancestralidade africana. 

O prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo (PV), trata o reconhecimento como uma conquista histórica. “Patrimônio Cultural do Brasil. Esse é o título que acaba de ser atribuído aos Congados e Moçambiques de Minas Gerais pelo Conselho Nacional de Patrimônio Cultural. Um título muito importante porque reconhece como patrimônio de cada brasileira e cada brasileiro essa riqueza de cultura que são os nossos Congados e Moçambiques”, afirmou. 

Kedison Guimarães, diretor de Promoção de Igualdade Racial do município e capitão da Guarda de Moçambique Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia também celebrou a decisão. Segundo o diretor, é um momento de ancestralidade em festa “mostrando a nossa grande raiz africana em solo brasileiro”. Em 2019, houve o registro como patrimônio cultural imaterial municipal. 

Na ex-capital de Minas, estão em atividade seis guardas. Na sede, são quatro: Guarda de Moçambique de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia, Guarda de Congo de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia, Congado de Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora das Graças e Congado de Nossa Senhora Aparecida e Manto Azul do Santa Cruz. No distrito de Miguel Burnier, se tem o Congado de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia. Já em Santo Antônio do Salto, o Congado de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. 

FONTE: Jornal Geraes. 

LEGENDA. A decisão reforça a valorização da memória, da identidade e das práticas culturais que atravessam gerações nas comunidades ouro-pretanas. Imagem por: Jornal Geraes.