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Festival FIU 2025 propõe viagem ao inconsciente com arte e cultura na UFOP 

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CULTURA. Com novo nome e nova cara, antigo Festival de Inverno da UFOP se transforma em plataforma cultural descentralizada e sensível, ocupando ruas, campi e imaginários até setembro.

O inverno em Minas Gerais ganhou um novo rosto e um novo nome. Em 2025, o Festival de Inverno da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) se reinventa como FIU – Festival de Inverno Universitário. Mais do que uma mudança de marca, o que se vê é a consolidação de uma proposta viva, participativa e comprometida com as transformações culturais que vêm de dentro da universidade, da comunidade e da mente.  

A edição deste ano, que se estende até setembro, tem como tema “Universo Inconsciente”, provocando artistas, estudantes e moradores a mergulharem nos processos que ocorrem abaixo da superfície racional. 

Com atividades em Ouro Preto, Mariana e João Monlevade, o FIU 2025 amplia o acesso à cultura por meio de oficinas, shows, exposições, espetáculos, debates e ações formativas. A descentralização é uma marca da nova fase do festival, que agora busca distribuir recursos de forma mais equitativa entre os campi e integrar saberes acadêmicos às vivências populares. 

Entre o simbólico e o concreto A programação é intensa e diversa. Já no primeiro dia, o público acompanhou uma palestra sobre imagens do inconsciente e um recital de trompete e piano. Em Mariana, oficinas de dança e contação de histórias afro-brasileiras compartilham saberes ancestrais. E em Ouro Preto, o Cine Caminhão chega com mostras de cinema lésbico contemporâneo, abrindo janelas para outras narrativas. 

As atividades não se restringem ao palco ou à tela. Há rodas de conversa sobre museus acessíveis, oficinas em escolas especiais, performances que envolvem o corpo e a cidade. Tudo costurado por um pensamento curatorial que valoriza as múltiplas formas de expressão e de existência. 

Cultura feita por muitos Um dos grandes diferenciais do FIU 2025 é a presença ativa de coletivos culturais no desenho e realização do festival. Entre eles, nomes como o Projeto SOMA, voltado à valorização da cultura Hip-Hop; o grupo Samba de Roda du Oridendê, que resgata tradições quilombolas por meio da música e da dança; o Instituto Dragão Fantástico, com seu foco no teatro de horror e no cinema fantástico; e a ACODOPI, associação que atua há décadas pela inclusão de pessoas com deficiência em Ouro Preto. 

Ao lado deles, bandas autorais, coletivos de jovens artistas, educadores, ativistas e agentes culturais se somam a professores e estudantes da UFOP. Juntos, mostram que o fazer cultural é coletivo, diverso e essencial. 

O FIU não quer apenas emocionar, quer provocar, ampliar horizontes e repensar o papel da universidade no território que ocupa. 

A programação completa pode ser conferida no site: fiu.ufop.br

LEGENDA. Show do Xandy de Pilares no Festival de Inverno 2024. Imagem por: Mariaevs