Nesta quinta-feira, 10 de abril, o prefeito Juliano Duarte apresenta, no Centro de Convenções, o balanço dos seus primeiros 100 dias de governo. A simbólica marca de três meses de gestão costuma ser o momento ideal para mostrar a que veio — ou ao menos indicar os primeiros passos de uma caminhada que, para os próximos quatro anos, será intensa, cobrada e, como já se viu, nada fácil.
E difícil é pouco. A receita do município caiu. As verbas, minguadas. A cidade vive um início de ano tumultuado, enfrentando problemas estruturais graves e antigos, como o caos na rua Hélvio Moreira Moraes, a situação do Barro Preto, onde a chuva não perdoou e invadiu casas, ruas e orçamentos. A manutenção exigida ali, por si só, já é gigantesca — mas não para por aí.
A rodoviária ainda espera por atenção. Outras obras pedem urgência. O povo quer respostas. E Juliano precisa entregar.
Entre os ventos que sopram esperança, está a tão aguardada repactuação — um novo fôlego financeiro que pode ajudar a tirar Mariana do sufoco. Soma-se a isso a cobrança do prefeito sobre a sonegação bilionária da Vale, que, se convertida em recursos para o município, mudaria significativamente o cenário.
Mas até que o dinheiro chegue (e se chegar), o presente exige equilíbrio, planejamento e pulso firme. Afinal, não é só sobre obras — é sobre prioridades. E, mais do que isso, sobre confiança. A cidade espera, atenta, por sinais concretos de que há um rumo a seguir.
Apresentar os 100 dias de governo é mais do que prestar contas: é dar um norte. Mariana não pode se dar ao luxo de perder tempo, nem dinheiro. A população já espera demais.
Que esta quinta-feira marque, enfim, não só um balanço — mas um compromisso real com o que precisa ser feito.