Apesar de não ser considerada uma doença grave, a síndrome mão-pé-boca tem chamado a atenção de pais e profissionais da saúde pelo seu alto poder de contágio, especialmente entre crianças pequenas. Nas últimas semanas, surtos têm sido registrados em diversas unidades escolares, reforçando a importância da prevenção e do cuidado com a higiene pessoal.
A doença é causada por vírus da família Enterovirus, sendo o Coxsackievirus A16 o mais comum. Ela afeta principalmente crianças com menos de cinco anos, embora também possa ocorrer em adultos em casos mais raros.
O nome da síndrome já dá uma dica sobre seus sintomas mais característicos: surgem pequenas bolhas ou erupções avermelhadas nas palmas das mãos, solas dos pés e dentro da boca. Além disso, podem ocorrer:
Febre baixa; Erupções vermelhas em mãos, pés e nádegas; Mal-estar; Falta de apetite; Afta; Diarreia.
As lesões na boca costumam ser doloridas e dificultam a alimentação da criança, o que requer atenção redobrada dos cuidadores.
A transmissão ocorre principalmente por meio do contato com secreções da boca, saliva, fezes e superfícies contaminadas. Por isso, é comum que a doença se espalhe rapidamente em locais onde há grande circulação de crianças, como creches e escolas.
A principal forma de prevenção é a higiene:
- Lavar as mãos com frequência, principalmente após trocar fraldas ou usar o banheiro
- Higienizar brinquedos e objetos compartilhados
- Evitar o contato direto com crianças infectadas até a recuperação total
- Manter ambientes bem ventilados
Em caso de sintomas, é importante procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para confirmação do diagnóstico e orientações adequadas. O tratamento é basicamente sintomático, com foco em aliviar a febre e o desconforto causado pelas lesões.
LEGENDA. Criança com erupções nas mãos, um dos sinais clássicos da síndrome mão-pé-boca, que também afeta os pés e a região bucal.