O Arcebispo Dom Airton José do Santos falou, em uma reflexão profunda, sobre a importância da Campanha da Fraternidade, destacando o tema deste ano: “Fraternidade e Ecologia Integral”. O objetivo é promover uma reflexão sobre a preservação ambiental e a importância de um cuidado integral com o meio ambiente, unindo aspectos sociais, econômicos e ambientais.
Desde sua criação em 1961 no Rio Grande do Norte, a Campanha da Fraternidade se tornou uma tradição anual da Igreja Católica, com o propósito de mobilizar a sociedade em torno da justiça social e do cuidado com os mais necessitados. Cada ano, um novo tema é abordado, e o texto produzido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fundamenta a reflexão e os ensinamentos para a ação.
Neste ano, a Campanha traz a proposta de uma Ecologia Integral, termo encorajado pelo Papa Francisco, que visa olhar para o universo de forma interligada, onde todos os elementos da criação estão conectados e devem ser protegidos em sua totalidade. O Arcebispo lembrou que a defesa da natureza não se limita a um ambiente distante ou a outros planetas, mas ao cuidado com o que temos ao nosso redor, em nossa própria casa, nas cidades e regiões onde vivemos.
Ao abordar as questões locais, ele também destacou a relevância da mineração na região, mas com uma crítica construtiva sobre a necessidade de que essa atividade seja realizada de forma ética e responsável. A exploração dos recursos naturais deve gerar benefícios concretos para a sociedade, como melhorias em saúde, educação e infraestrutura, especialmente para as comunidades mais vulneráveis.
“Não é apenas uma questão da Igreja, mas de todos como cidadãos”, afirmou o Arcebispo, destacando que a Campanha da Fraternidade é um convite à conversão integral de cada indivíduo. A reflexão propõe que todos possam ouvir o “grito dos pobres e da terra” e se engajar na transformação do modo de vida atual, que tem contribuído para os danos ao planeta.
O Arcebispo enfatizou também a urgência de se entender as causas da crise climática e mudar os hábitos que impactam negativamente o meio ambiente. A Igreja, segundo ele, está comprometida em trabalhar junto aos governos e outras entidades para promover a proteção do meio ambiente.