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O impasse do reajuste salarial e o caos gerado pela greve do Sindserv 

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A novela envolvendo a Prefeitura de Mariana e o Sindicato dos Servidores Públicos (Sindserv) ganha novos capítulos, enquanto a população segue sendo a maior prejudicada. A greve, motivada pela insatisfação da categoria com o reajuste de 5% oferecido pelo Executivo Municipal, tem impactado principalmente a área da educação, deixando pais sem alternativas para onde deixar seus filhos e alunos sem aulas. 

O Sindserv reivindica um aumento de, no mínimo, 11%, valor que considera mais adequado para recompor as perdas salariais diante da inflação e do aumento do custo de vida. Enquanto isso, a Prefeitura, que inicialmente não abriu espaço para negociações, agora autoriza que a administradora Arlinda Gonçalves e o subprocurador Doutor Israel Quirino conduzam os debates. Tudo isso ocorre enquanto o prefeito se encontra na Inglaterra, em agenda relacionada à situação da Samarco. 

O impasse não pode se arrastar indefinidamente. Uma paralisação prolongada prejudica não apenas os servidores, mas toda a estrutura da cidade. É urgente que ambas as partes cheguem a um consenso, equilibrando as demandas da categoria com a realidade orçamentária do município. 

A transparência é essencial. A Prefeitura deve apresentar dados concretos que justifiquem o limite do reajuste proposto, enquanto o sindicato precisa estar disposto a negociar dentro de parâmetros viáveis. A questão vai além de percentuais: trata-se do funcionamento dos serviços essenciais, da educação das crianças e do bem-estar da população. 

A intransigência, de ambos os lados, apenas prolonga a crise. O momento exige responsabilidade e diálogo sério. Mariana não pode ficar refém de uma disputa que, se bem conduzida, pode encontrar um meio-termo justo e viável para todos.