Pular para o conteúdo

Gerente da Transcotta esclarece dúvidas sobre transporte público em Mariana 

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on telegram
Telegram
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Subnotificação. Atualmente, cerca de 450 a 550 mil passageiros são contabilizados por mês, mas o número real pode ser próximo de 750 mil.

Na última quarta-feira (29), o diretor do Jornal e TV Ponto Final realizou uma entrevista exclusiva com Guilherme Schulz, Gerente de Relações Institucionais da Transcotta, empresa responsável pelo transporte público de Mariana. Durante a conversa, foram abordadas questões como a falta de ônibus circulares para o bairro Cabanas, a pontualidade dos coletivos, a acessibilidade para cadeirantes e a segurança dentro dos veículos. 

Um dos pontos mais questionados foi a ausência de linhas suficientes para atender ao bairro Cabanas. Schulz explicou que a definição dos itinerários e a quantidade de ônibus são de responsabilidade da Prefeitura de Mariana, que acompanha a demanda e realiza ajustes conforme necessário. 

Ele também destacou que o uso inadequado do transporte prejudica o levantamento de dados, dificultando a solicitação de novos ônibus. Segundo ele, 40% a 60% dos passageiros não passam pela roleta, comprometendo o controle real da demanda. Atualmente, cerca de 450 a 550 mil passageiros são contabilizados por mês, mas o número real pode ser próximo de 750 mil. 

“A forma correta de utilização do ônibus é entrar pela porta dianteira, passar pela roleta e sair pela porta traseira. Isso garante segurança e permite que a contagem de passageiros seja feita corretamente”, explicou Schulz. 

O representante da Transcotta esclareceu que questões como superlotação, mudanças de itinerários e falta de ônibus devem ser direcionadas à Prefeitura de Mariana, por meio do Demutram e da Ouvidoria Municipal. 

Já problemas relacionados à qualidade do serviço, como quebras de ônibus, falta de motoristas ou condutas inadequadas de funcionários, devem ser comunicados diretamente à Transcotta. 

Uma telespectadora sugeriu a instalação de câmeras de segurança e botões de pânico nos ônibus, devido a relatos de importunação contra mulheres dentro dos coletivos. Schulz reconheceu o problema e afirmou que a empresa estuda a implementação de um botão do pânico, que poderia auxiliar motoristas e passageiros em situações de risco. 

“A questão dos assédios nos ônibus é um problema nacional. Sempre que recebemos uma denúncia, comunicamos à Guarda Municipal, que nos atende conforme sua disponibilidade”, afirmou. 

Moradores também relataram dificuldades de acessibilidade, como no caso de um cadeirante que não conseguiu embarcar porque o elevador do ônibus não funcionou. 

Schulz explicou que todos os ônibus possuem elevadores, mas que, por conta da topografia da cidade, a estrutura pode sofrer torções que comprometem o funcionamento. 

Ele garantiu que os elevadores são testados diariamente, e quando um ônibus apresenta problema, a empresa envia outro veículo para atender à demanda. 

Outra grande reclamação foi a falta de pontualidade dos ônibus. Schulz explicou que, embora a empresa cumpra os horários na saída do ponto inicial, o trânsito intenso e interdições de ruas acabam atrasando os trajetos. Ele também alertou que veículos estacionados irregularmente comprometem o fluxo dos coletivos. “Na semana passada, um ônibus deixou de cumprir seis horários porque um carro estava estacionado em local proibido, bloqueando a passagem”, relatou. 

Moradores questionaram a falta de linhas de ônibus para a UPA do bairro São Pedro, inaugurada recentemente. Schulz afirmou que provavelmente a Prefeitura e o Demutram estejam cientes da demanda e que um replanejamento das rotas deve ocorrer para atender ao novo fluxo de passageiros. 

Para dúvidas ou reclamações sobre a qualidade do serviço, os usuários podem entrar em contato pelo telefone (31) 3557-1810. 

No encerramento da entrevista, Schulz agradeceu aos motoristas da empresa pelo trabalho desenvolvido e pediu mais paciência e respeito por parte dos usuários. 

“Não é fácil transportar milhares de pessoas diariamente e enfrentar o trânsito da cidade. Já tivemos motoristas ameaçados de morte dentro dos ônibus. Então, pedimos compreensão para que todos possam ter um transporte mais seguro e eficiente”, finalizou. 

A entrevista completa pode ser assistida no canal do Jornal e TV Ponto Final no YouTube.