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Audiência Pública ou comédia de erros? 

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Em um verdadeiro espetáculo de falta de sincronia, o Governo de Minas decidiu agendar uma audiência pública crucial para o dia 19, às 10h, no Centro de Convenções de Mariana. O tema? Um projeto de concessão patrocinada de serviços públicos para a tão esperada melhoria da infraestrutura rodoviária entre Ouro Preto e Mariana.  

Mas aqui vem a reviravolta digna de um roteiro de comédia: a audiência foi marcada para o mesmo horário da cerimônia de diplomação do novo prefeito e dos vereadores eleitos em outubro. Bravo! É quase como se o governo estivesse dizendo: “Queremos ouvir a população, mas não muito, e muito menos os representantes eleitos que a população escolheu”. Assim, quem precisa de um debate sério quando se pode simplesmente ignorar as vozes do povo em favor de um evento festivo? 

Os vereadores, em sua tentativa de resolver o impasse, procuraram entrar em contato com a assessoria do governo para discutir a coincidência de horários. E adivinhem? Silêncio absoluto. Porque, claro, questões que afetam a população não precisam ser levadas a sério. A ausência de resposta é como um grande “deixa pra lá”, evidenciando uma falta de respeito não apenas para com os parlamentares, mas com toda a população que, por acaso, poderia querer se manifestar sobre a situação das rodovias. 

Como podemos esperar que os representantes do povo participem de uma audiência pública, se eles permanecerem ocupados com sua diplomação? É uma situação no mínimo cômica. A lógica por trás dessa escolha de horário é clara: parece que o governo tem um talento especial para transformar eventos públicos em verdadeiros labirintos de burocracia e desrespeito. 

Se a intenção era promover uma audiência participativa, o governo certamente alcançou o efeito contrário. Com toda essa comédia de erros, fica a pergunta: será que os cidadãos de Mariana realmente importam para o governo? Ou estamos todos apenas assistindo a mais um ato de descaso em um teatro onde os protagonistas não estão nem um pouco preocupados com o enredo? A resposta é clara e, se não fosse trágica, seria risível.