O Governo de Minas Gerais anunciou um investimento significativo de R$ 14,2 milhões para a manutenção e ampliação dos Serviços Especializados de Reabilitação em Deficiência Intelectual (Serdi). A medida, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), busca fortalecer a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD) dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), refletindo um compromisso com a inclusão e a dignidade das pessoas com deficiência intelectual e Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O anúncio foi feito pelo governador Romeu Zema em uma cerimônia na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em Belo Horizonte. Zema destacou a importância do investimento, que é o primeiro a utilizar recursos do Tesouro Estadual, ao invés de apenas repasses federais.
Dos R$ 14.200.995,05 previstos, aproximadamente R$ 12.958.321,72 serão destinados aos serviços já credenciados, enquanto R$ 1.242.673,33 serão usados para credenciar novos centros, ampliando assim o alcance dos serviços.
As novas regras de financiamento, publicadas em 6 de setembro, introduzem diretrizes mais robustas para o funcionamento dos Serdis. Essas diretrizes incluem a definição de metas para o atendimento e a formação de equipes multiprofissionais, além de padrões de infraestrutura das unidades.
A nova regulamentação dos Serdis é um passo decisivo para garantir um atendimento multidisciplinar e personalizado. O objetivo é desenvolver projetos terapêuticos que atendam às necessidades individuais de cada usuário, promovendo não apenas a reabilitação, mas também a inclusão social e o bem-estar. Desde sua criação em 2013, a rede conta com 150 unidades que oferecem serviços terapêuticos especializados.
Com a liberação dos novos recursos estaduais, as expectativas são de um crescimento no número de serviços e uma melhoria significativa no cuidado à saúde dos usuários do SUS. O acesso aos Serdis começa nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde os usuários são avaliados. Se necessário, a equipe médica encaminha os pacientes para a Junta Reguladora da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (JRRCPD), que agendará uma avaliação multidisciplinar. Esse processo garante que todos os atendimentos sejam realizados de maneira adequada, respeitando as necessidades de cada indivíduo.