Durante a última reunião ordinária da Câmara Municipal de Mariana, realizada na segunda-feira (23), uma discussão foi gerada após a retirada de pauta do Projeto de Lei nº 100/2024 e do Projeto de Resolução nº 06/2024, que tratam reajuste salarial de prefeitos, secretários e vereadores. Os projetos realizados foram recebidos parecer contrário da Comissão de Finanças, o que motivou o debate entre os vereadores.
A tensão se iniciou quando o vereador Pedrinho Salete criticou a retirada do projeto e questionou se ele seria extinto ou se seria “empurrado” em uma reunião extraordinária, forçando uma votação sem direito a pedido de vista.
O presidente da Câmara, Edson Agostinho, rebateu as declarações, afirmando que em nenhum momento envolve a convocação de uma sessão extraordinária e que os projetos só serão discutidos quando estiver formalmente na pauta. Agostinho ainda alertou que o debate sobre o tema não deveria ter ocorrido, já que os projetos foram oficialmente retirados de pauta e ressalta que a Câmara sempre trabalhou com transparência.
Preto do Cabanas, outro vereador que participou do debate, explicou que a Comissão de Finanças deu parecer contrário por discordância sobre o conteúdo dos projetos, mas sem questionar a legalidade ou a constitucionalidade. Segundo o procurador da Câmara, o prazo para a votação final é até dia 30 deste mês e, caso o projeto não seja votado, os períodos permanecerão conforme o patamar atual.
O momento econômico vivido por Mariana foi apontado por diversos vereadores como a principal razão para a oposição ao reajuste salarial. Pedrinho Salete, Preto do Cabanas, Ronaldo Bento, Sônia Azzi, Zezinho Salete, Zé Sales e Maurício da Saúde foram alguns dos que se posicionaram contra a proposta, citando as dificuldades financeiras do município e a necessidade de focar em questões urgentes para a população.
A retirada do projeto da pauta também gerou acusações veladas entre os parlamentares, com algumas indicações de que o debate estaria sendo usado como uma oportunidade de autopromoção política.
O resultado desse impasse deve ser decidido até o final do mês, enquanto a população de Mariana aguarda o desfecho de mais um capítulo da política local, marcado por disputas e diferentes visões sobre a responsabilidade fiscal e as prioridades do município.