A Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, que ocorre de 10 a 17 de agosto, destaca a importância do diagnóstico e tratamento precoces da doença. O Governo de Minas, através da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), intensifica as ações de conscientização e controle da leishmaniose, disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado.
A leishmaniose tem duas formas principais: visceral (LV) e tegumentar americana (LTA). A LV afeta órgãos internos, como fígado e baço, e é altamente letal sem tratamento adequado. Os sintomas incluem febre irregular, emagrecimento e fraqueza. Já a LTA acomete a pele e mucosas, apresentando lesões cutâneas e mucosas que podem causar deformidades.
Ricardo Luiz Fontes Moreira, médico infectologista do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs Minas), alerta para a alta taxa de mortalidade da LV quando não tratada e destaca a importância do tratamento precoce. “O tratamento da LV é feito em ambiente hospitalar e pode levar até seis meses para recuperação completa”, explica.
A leishmaniose é transmitida pelo mosquito-palha, que se reproduz em matéria orgânica. Para prevenção, é crucial evitar a picada do inseto com o uso de repelentes, mosquiteiros e telas de proteção. Além disso, manter limpas as áreas próximas às residências e realizar o manejo ambiental adequado são medidas essenciais para reduzir a incidência.
Em 2024, Minas Gerais notificou 59 casos de leishmaniose visceral, com nove óbitos, e 490 casos de leishmaniose tegumentar americana, com um óbito, até 7 de agosto. Comparado a 2023, houve um aumento nos casos de LV e LTA, o que reforça a necessidade de intensificar as medidas de controle e prevenção.
O Governo de Minas, por meio da SES-MG, continua a promover a conscientização e o controle da leishmaniose, visando reduzir os casos e melhorar a saúde da população.