Diante da recente crise causada pelas fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul, o principal estado produtor de arroz do país, os supermercados em t toda região anunciaram medidas de precaução para garantir o fornecimento contínuo desse produto essencial. 

As redes estão limitando a quantidade de arroz que cada cliente pode comprar. No Supermercados BH, cada pessoa pode adquirir no máximo cinco pacotes, a medida, segundo as empresas, tem o objetivo de evitar que os consumidores façam estoques necessários, o que poderia resultar em escassez injustificada do produto. Em nota, o Supermercados BH garantiu que não faltará arroz em suas lojas e destacou que a restrição é temporária e visa garantir um equilíbrio no fornecimento de produtos essenciais aos clientes da rede. 

A Associação Mineira de Supermercados (Amis) explicou que as restrições impostas pelos supermercados são uma resposta ao estado de calamidade pública devido a enchentes sem precedentes pelo Rio Grande do Sul. A entidade ressaltou que essas medidas visam proporcionar a todos os consumidores o acesso ao produto. 

Apesar da preocupação com a situação no RS, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG) informou que não há cenário de desabastecimento de arroz em Minas neste momento. No entanto, o Governo de Minas está atento às deliberações do Governo Federal sobre o tema. 

Diante do contexto, o presidente Lula sugeriu a possibilidade de importação de arroz para garantir o abastecimento e estabilizar os preços do produto. Os prejuízos para a agricultura do RS são significativos, com estimativas de perdas na ordem de R$ 435 milhões, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). 

A situação das chuvas no RS já teve impacto na produção agrícola do estado, mas ainda não é possível fazer variações precisas sobre seus efeitos no abastecimento e nos preços do arroz, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Aproximadamente 80% da safra já foi colhida até o momento, mas os resultados finais ainda estão por serem certos.