A Vale submeteu à Agência Nacional de Mineração (ANM) uma proposta de intervenção para corrigir uma anomalia identificada em um dispositivo de drenagem da barragem Forquilha III, localizada em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais. 

De acordo com informações da ANM, o plano proposto pela mineradora consiste no tamponamento parcial do dreno com um filtro drenante. No entanto, durante vistoria realizada pela agência e outros órgãos na Mina de Fábrica, foi decidido que a Vale deverá aprimorar o projeto, incluindo uma análise de risco e um plano de monitoramento para o período após a execução da correção. 

A inspeção continuou nesta terça-feira (9), enquanto a Vale se comprometeu a implementar as medidas necessárias nos próximos dias e manter as autoridades informadas sobre o andamento do processo. 

A anomalia foi detectada em 15 de março, quando a Vale identificou um acúmulo de material sedimentado, com coloração acinzentada, na saída de um dispositivo de drenagem da barragem, que está em nível 3 de emergência desde 2019. Apesar disso, a mineradora afirma que não houve alterações nas condições da estrutura. 

Segundo uma nota técnica elaborada pela consultoria Aecom, o dreno em questão apresenta histórico de saída de material ao longo dos anos, porém, a ocorrência atual é inédita devido ao material observado conter minério de ferro em fração muito fina. 

A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) constatou, por meio de uma filmagem interna no dreno, a presença de “alguns furos” na tubulação, o que poderia estar contribuindo para o problema. 

Diante da gravidade da situação, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recomendou à Vale que mantenha a população informada de maneira transparente e completa sobre os riscos e condições de segurança da barragem Forquilha III.