Pular para o conteúdo

Projeto de Lei sobre nova gasolina e diesel gera debates na Câmara dos Deputados 

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on telegram
Telegram
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

A proposta tem causado intensos debates devido às significativas alterações.

A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4516/2023, de autoria do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que agora segue para análise no Senado Federal. A proposta tem causado intensos debates devido às significativas alterações que propõe nos teores de etanol na gasolina e de biodiesel no diesel até o ano de 2030. 

Uma das principais preocupações levantadas com a aprovação do projeto são os possíveis impactos nos motores e nas emissões dos veículos. Especialistas alertam que os carros flex, projetados para qualquer mistura de gasolina e etanol, podem enfrentar menos problemas, mas veículos movidos exclusivamente a gasolina, especialmente os mais antigos ou importados, podem encontrar desafios significativos. 

Rogério Gonçalves, diretor de combustíveis da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), destaca que o aumento do teor de etanol na gasolina pode resultar em um aumento no consumo desses veículos e que motores mais sensíveis às mudanças podem precisar de novas calibrações e ajustes para garantir o funcionamento adequado. 

Além disso, a questão das emissões também é uma preocupação. Gonçalves ressalta a importância de considerar não apenas as emissões de CO₂, mas também as emissões locais, como monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx) e hidrocarbonetos. Nesse contexto, a utilização de gasolina premium, com maior octanagem e menor teor de etanol, pode ser uma alternativa viável para os veículos mais sensíveis às mudanças. 

Atualmente, a gasolina comum conta com um percentual de etanol anidro de 27,5%, sendo que o mínimo exigido é de 18%. Com o PL aprovado, os valores previstos mudam, estabelecendo um mínimo de 22% e um teto de 35% para a adição de etanol na gasolina. Já no óleo diesel, o biodiesel adicionado é de 14%, podendo aumentar até o limite de 20% até março de 2030. 

O debate sobre o projeto continua, com diferentes setores da sociedade e especialistas analisando os possíveis impactos e buscando soluções que conciliem a busca por energias mais limpas com a preservação dos motores e a garantia de um transporte eficiente e sustentável.