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As encenações eleitorais: muito barulho por pouca ação 

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Na última reunião de câmara municipal, um espetáculo digno de Shakespeare foi apresentado aos presentes. Um vereador, em um momento dramático, desabafou sobre as indicações que correm soltas pelos corredores da Casa. Acusou seus colegas de plenário de transformarem o espaço legislativo em palco para seus próprios interesses eleitoreiros. 

A cena iniciou-se quando a secretária começou a ler uma série de indicações, algumas das quais, surpreendentemente, eram referentes ao distrito do vereador em questão, onde ele vive e supostamente trabalha. Isso levanta sérias questões sobre a natureza das ações políticas em pleno ano eleitoral. Estamos testemunhando uma disputa de quem possui mais indicações ou quem encena melhor sua atuação? 

Enquanto a preocupação deveria ser exclusivamente voltada para o bem-estar da comunidade, parece que entramos em um jogo onde as regras são torcidas e distorcidas para atender aos desejos pessoais de ganho político. No entanto, vamos ser francos, o número de indicações não deveria ser um medidor de eficácia ou compromisso com o povo. O que realmente deveria contar são as ações concretas, as soluções reais para os problemas enfrentados pela sociedade como um todo. 

Infelizmente, estamos em um ano eleitoral, época em que alguns políticos se tornam verdadeiros malabaristas digitais, utilizando as redes sociais de forma questionável. Eles se aproveitam de situações que deveriam ser parte intrínseca de suas responsabilidades e as transformam em favores dignos de aplausos. Agem como se tivessem realizado feitos heroicos simplesmente por cumprirem o mínimo do que deles se espera. 

O velho ditado “O que a mão direita faz, a esquerda não precisa saber” não se aplica na política. Ao contrário, a transparência e a prestação de contas são essenciais para manter a integridade do processo democrático. Estamos diante de mais um ano eleitoral, uma oportunidade para analisar atentamente os candidatos e votar com consciência, não apenas por migalhas ou pelo que é apresentado nas telas brilhantes das redes sociais. 

Lembremo-nos, há vida fora das telinhas! É hora de rejeitar o teatro vazio e exigir ações concretas. Afinal, na democracia, o verdadeiro espetáculo está na melhoria real da qualidade de vida de todos os cidadãos, não na encenação política vazia.