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Ex-delegado de Mariana afirma que crimes sexuais têm alto índice na cidade

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Em entrevista à Rádio Real de Ouro Preto, Dr. Cristiano declarou que a ocorrência é patente nos distritos.

O delegado Cristiano Arantes, que atuava em Mariana e foi recém-designado na Polícia Civil de Ouro Preto, concedeu uma entrevista reveladora à Rádio Real, abordando questões relacionadas à segurança pública na região. Quando perguntado qual o crime com maior incidência, Arantes enfatizou preocupações significativas com crimes sexuais e violentos, destacando desafios urgentes que requerem atenção imediata. 

Demonstrando seu pesar diante dessa realidade, o delegado ressaltou a importância de iniciativas preventivas e de combate a essas práticas abomináveis. Ele elucidou que crimes sexuais contra crianças e adolescentes acontecem em grande número nos distritos de Mariana.  

Segundo os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública  de 2023, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o número de mortes de crianças e adolescentes no país diminuiu de 2.556 em 2021 para 2.489 em 2022, representando uma redução de 2,6%. Por outro lado, os casos de estupro aumentaram em 15,3%, e os de exploração sexual cresceram em 16,4%. Por faixa etária, foram registradas quase 41 mil vítimas de zero a 13 anos, das quais quase sete mil tinham entre zero e quatro anos; mais de 11 mil vítimas entre 5 e 9 anos; mais de 22 mil entre 10 e 13 anos; e mais de 11 mil entre 14 e 17 anos. As vítimas negras (pretas e pardas) representaram a maioria em praticamente todas as faixas etárias, especialmente na faixa dos 11 aos 14 anos, onde correspondem a aproximadamente 59% do total. 

Na cidade de Mariana, cuja população varia devido à atividade mineradora, há relatos de pessoas que vêm trabalhar nas obras e cometem crimes sexuais, estupro e pedofília. Em alguns casos, engravidando adolescentes e indo embora ao final do contrato. Cristiano Arantes relatou que mesmo identificando os autores, algumas vezes não conseguia sua prisão. 

O delegado enfatizou a importância de uma colaboração mais próxima entre a polícia e a comunidade para lidar com essas questões. Além disso, reconheceu a importância de compreender a realidade local para efetuar estratégias eficientes e duradouras no combate à criminalidade.