Pular para o conteúdo

Moradores se reúnem para discutir ação contra mineradoras em Barra Longa 

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on telegram
Telegram
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Barra Longa foi duramente atingida pelos resíduos tóxicos da barragem da Samarco, empresa controlada pelas mineradoras.

No último sábado (24), clientes da ação judicial movida contra as mineradoras BHP e Vale devido ao rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), participaram de uma importante reunião em Barra Longa. A cidade mineira foi duramente atingida pelos resíduos tóxicos da barragem da Samarco, empresa controlada pelas mineradoras. 

Cerca de 200 pessoas lotaram o auditório da Escola Estadual Padre José Epifânio Gonçalves, no centro da cidade, para se encontrar com advogados do escritório Pogust Goodhead. Durante o encontro, os clientes puderam esclarecer suas dúvidas e obter informações sobre o andamento do processo, especialmente após a última audiência de gerenciamento do caso, realizada entre os dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro em Londres. “A juíza decidiu que o julgamento de mérito começará em outubro deste ano, apesar dos esforços das mineradoras em atrasar ou encerrar o processo. Estamos confiantes de que traremos justiça aos atingidos. O apoio e a confiança de nossos clientes foram fundamentais”, afirmou a advogada britânica Louisa Brown durante o evento. 

Essa caravana de reuniões oferece um espaço para que os advogados ouçam os clientes da ação e tirem dúvidas sobre o caso. A primeira edição ocorreu em outubro do ano passado, contando com a participação de milhares de pessoas em diversos municípios do Espírito Santo e de Minas Gerais. 

Simone Silva, uma das líderes da região e mãe de uma criança afetada pela lama, criticou a demora das mineradoras em oferecer uma compensação justa para as centenas de milhares de pessoas atingidas. “As pessoas estão adoecendo no território atingido, estão morrendo. Nós precisamos avançar. Nós precisamos que essa reparação aconteça. Lá se vão 9 anos. Para nós, é muito sofrimento e muita tortura. A maioria dessas pessoas aqui nem sequer foram reconhecidas como atingidas pelas mineradoras. A gente tem esperança nessa ação e muitos de nós estamos ansiosos para que justiça seja feita”, desabafou Simone. 

A reunião contou com a presença de advogados coordenadores do caso em Minas Gerais, além de vereadores, Procuradores Municipais, advogados e representantes das prefeituras de Barra Longa (MG) e Acaiaca (MG). O evento demonstrou a importância da união e mobilização das comunidades afetadas em busca de justiça e reparação pelos danos causados.