Na última semana, foi inaugurada em Bruxelas, na Bélgica, a exposição “Mariana: A Arte da Resistência”, do renomado fotógrafo curitibano Francisco Proner. A mostra, que ficou exposta até 10/02 revelou de forma vívida os impactos do crime ambiental ocorrido em Mariana, Minas Gerais, há nove anos, e que até hoje não viu seus responsáveis serem devidamente punidos.
O trabalho de Proner apresentou imagens tocantes que retratam as consequências devastadoras do rompimento da Barragem de Fundão para as comunidades e pessoas afetadas. Desde o distrito de Bento Rodrigues até as margens do mar, o fotógrafo percorreu os territórios atingidos ao longo do Vale do Rio Doce, registrando não apenas a destruição, mas também a resiliência e a solidariedade das pessoas diante da tragédia. “Esse trabalho foi iniciado em junho de 2023. Desde então eu venho visitando os territórios atingidos, desde a cidade onde aconteceu o rompimento da barragem, em Bento Rodrigues, até o mar. Fiz várias visitas nos territórios que estão ao longo do Vale do Rio Doce”, afirmou Proner.
Após sua temporada em Bruxelas, a exposição seguirá para Londres e Paris, onde continuará a contar a história de devastação, mas também de solidariedade, adaptação e resiliência das comunidades afetadas. O fotógrafo ressalta que este foi um trabalho coletivo, realizado em estreita colaboração com as populações locais, incluindo quilombolas, indígenas e outras comunidades diretamente impactadas pelo desastre.
A exposição “Mariana: A Arte da Resistência” não apenas denuncia a tragédia e sua falta de resolução, mas também destaca a determinação das comunidades em buscar justiça e verdade. É um testemunho poderoso da força humana diante da adversidade e da esperança de um futuro mais justo e sustentável para todos.