Ouro Preto é a cidade com a maior concentração de áreas de risco em Minas Gerais, totalizando 313 pontos ameaçados, segundo a Carta de Perigo a Movimentos Gravitacionais de Massa, elaborada pelo Serviço Geológico do Brasil, vinculado ao Ministério de Minas e Energia (MME). A cidade se destaca não apenas no estado, mas também em nível nacional, liderando a lista de municípios com maior quantidade de locais sob perigo.
O relatório revela que as características geológicas e geomorfológicas da região, juntamente com alterações realizadas na paisagem pela população, contribuem para a situação de risco. A preocupação com áreas propensas a deslizamentos de terra é evidente, destacando a necessidade de intervenções preventivas e/ou de reabilitação sobre o terreno.
Além de Ouro Preto, outras cidades mineiras também figuram na lista das dez primeiras com maior número de áreas de risco, incluindo Ipatinga (Vale do Aço), Juiz de Fora (Zona da Mata), Santa Luzia (Grande BH), Resplendor (Vale do Rio Doce), Sabinópolis (Vale do Rio Doce), Muriaé (Zona da Mata), Antônio Dias (Vale do Rio Doce), Ervália (Zona da Mata) e Além Paraíba (Zona da Mata).
O Serviço Geológico do Brasil destaca que o grau de perigo pode ser reduzido com a implementação de obras preventivas e/ou de reabilitação, mas alerta para o risco de a situação se agravar devido a intervenções inadequadas no território.
A prefeitura e autoridades locais são instadas a priorizar ações que visem à segurança da população, com investimentos em medidas preventivas e projetos de reabilitação das áreas identificadas como de risco. A conscientização da comunidade sobre a importância de evitar intervenções inadequadas também é crucial para a mitigação do problema.