Pular para o conteúdo

Descoberta de uma nova espécie vegetal no Parque do Itacolomi encanta pesquisadores 

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on telegram
Telegram
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

A planta foi batizada como Mollinedia fatimae em homenagem à professora Fátima Buturi, conhecida por seu estudo sobre a família Asteraceae.

Durante uma pesquisa de campo no Parque Estadual do Itacolomi, em Ouro Preto, o biólogo Danilo Alvarenga Zavatin se deparou com uma descoberta surpreendente: uma nova espécie de árvore, a Mollinedia fatimae. 

Inicialmente em busca de outra espécie para seu trabalho de mestrado, Zavatin encontrou sete indivíduos dessa planta, aparentemente uma parente próxima da que estava investigando. A falta de similaridade com outras espécies conhecidas o levou a suspeitar que havia descoberto algo inédito. 

Após um ano de estudo e classificação, o artigo detalhando a nova espécie foi publicado na revista Phytokeys em outubro passado. A planta foi batizada como Mollinedia fatimae em homenagem à professora Fátima Buturi, conhecida por seu estudo sobre a família Asteraceae. 

Zavatin expressou sua emoção ao descobrir essa nova vida, mesmo em uma área já extensivamente estudada por outros botânicos. Ele destacou que essa árvore, que pertence à família Monimiaceae, pode atingir cerca de 10 metros de altura e possui características dioicas, ou seja, com árvores que possuem apenas flores masculinas e outras com apenas flores femininas e frutos. 

Explicando a classificação do sexo dessa espécie, Zavatin mencionou que as flores masculinas apresentam apenas estames, responsáveis pela produção de pólen, enquanto as femininas têm apenas carpelos, estruturas que recebem o pólen para a fecundação e produção de frutos. Além disso, ele ressaltou a importância da família Monimiaceae, que ocorre em diversos países, e mencionou a adaptação surpreendente dessa nova espécie, encontrada tanto em áreas de floresta quanto em campos abertos, revelando sua versatilidade adaptativa. 

Por fim, Zavatin explicou que critérios estabelecidos pela IUCN são usados para avaliar o risco de extinção de uma espécie, levando em conta sua área de distribuição e temporalidade de registros, e concluiu que esses métodos são essenciais para compreender o status de conservação de cada espécie.