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Governo de Minas culpa mineradoras por falta de acordo financeiro aos atingidos

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Tragédia completou oito anos e MG culpa Vale, BHP e Samarco de dificultarem Acordo de Mariana.

O Governo de Minas Gerais emitiu um posicionamento de repúdio às empresas Vale, BHP e Samarco, responsáveis pela reparação da tragédia do rompimento da barragem em Mariana, ocorrida há oito anos. O Estado alega que as empresas interromperam as negociações do acordo de reparação ao se recusarem a apresentar uma nova proposta financeira, conforme previamente acordado.
Segundo o comunicado, o Executivo Estadual expressa indignação com a postura das empresas, culpando-as por não demonstrarem disposição em reparar adequadamente os danos causados pela tragédia, que resultou na perda de 19 vidas e deixou profundos impactos socioambientais e econômicos.
As negociações para a repactuação foram conduzidas pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região ao longo de 2023. Na última semana, as empresas apresentaram valores considerados insuficientes pelo Estado, que repudiou a recusa em refazer a proposta. O governo lamenta a falta de compromisso social e ambiental das empresas com a reparação dos danos causados.
O comunicado estadual destaca a falta de recursos financeiros suficientes para uma reparação efetiva da tragédia. Apesar das evoluções técnicas nas discussões, o governo afirma que a reparação só será possível com um aporte financeiro adequado das empresas, condizente com os impactos causados.
O Governo de Minas Gerais reafirmou seu compromisso com uma solução justa, efetiva e célere para o caso do Rio Doce e declarou que não medirá esforços para responsabilizar integralmente a Vale, a BHP e a Samarco. A Vale, por sua vez, afirmou que as negociações continuam em andamento, apesar da pausa de final de ano, e que estão avaliando soluções possíveis para chegar a um acordo efetivo. A empresa destaca seu compromisso com as pessoas atingidas e a construção de um acordo que garanta definitividade e segurança jurídica.