No último sábado (18), a Prefeitura de Mariana realizou o Dia D de Mutirão de Limpeza no bairro Santo Antônio, um esforço concentrado para descartar materiais inservíveis e eliminar possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue, Zika e Chikungunya.
Sob coordenação da Secretaria de Saúde, o evento teve início às 8h e se estendeu até às 16h, contando com a supervisão de agentes da Defesa Civil e fiscais do Código de Postura. O suporte das secretarias de Meio Ambiente, Obras e Transporte foi fundamental para a realização da limpeza das ruas e espaços públicos. Além disso, houve também entretenimento para as crianças, com brincadeiras e distribuição de guloseimas, em uma iniciativa liderada pela Secretaria de Esporte.
Apesar dos diagnósticos de dengue em Mariana se manterem estáveis, com quatro registros em outubro, ao longo de 2023 foram contabilizados 2.353 casos da doença, sem incidência de Zika ou Chikungunya. No entanto, o período entre novembro e abril, caracterizado pelo calor intenso e chuvas frequentes, é considerado endêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Durante o Dia D de Mutirão de Limpeza, foram visitadas mil residências e retiradas dez carrocerias de lixo e materiais inservíveis do bairro Santo Antônio, como medida para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti. A ação, liderada pela Prefeitura de Mariana através da Secretaria de Saúde, teve a colaboração de 45 agentes de endemias, os quais removeram, quando necessário, focos do mosquito com larvicida. Servidores das secretarias de Meio Ambiente, Obras e Transporte percorreram os 51 quarteirões do bairro para efetuar a limpeza de ruas e espaços públicos.
Maria do Rosário, 36 anos, mencionou que alguns vizinhos foram diagnosticados com dengue este ano. “Em fevereiro, ocorreu um surto em nosso bairro e muitos moradores adoeceram. É importante a colaboração de todos para evitar que isso aconteça novamente”, ressaltou. Conforme o Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), o bairro apresenta alta incidência de larvas do mosquito, com cerca de 80% dos focos encontrados dentro das residências.
O trabalho conjunto envolveu a participação da Defesa Civil, que auxiliou nas intervenções em áreas de difícil acesso, e dos fiscais do Código de Postura, que orientaram sobre irregularidades, como falta de manutenção em loteamentos e acúmulo de lixo. Os proprietários de terrenos urbanos abandonados estão sujeitos a multas no valor de R$ 3.420,00.