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Brasil avança no combate ao sarampo: de “Endêmico” para “Pendente de Reverificação”

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Investimentos em 2023 chegam a R$ 724,1 milhões. Reconhecimento é o primeiro passo para retomada da certificação de país livre da doença.

O Brasil alcançou um marco significativo na luta contra o sarampo, com a transição de seu status de “país endêmico” para “país pendente de reverificação” durante a Terceira Reunião Anual da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, da Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita. Com 74 semanas sem a confirmação de novos casos, a mudança de status é resultado de um declínio significativo no número de registros desde 2020. O país registrou 20.901 casos em 2019, liquidação para 8.100 em 2020, 670 em 2021 e apenas 41 em 2022. O último caso confirmado foi em junho de 2022, no Amapá.

O Ministério da Saúde tem desempenhado papel fundamental nessa conquista, implementando ações coordenadas com estados e municípios para interromper a circulação do vírus. Em 2023, foram investidos expressivos R$ 724,1 milhões em vigilância em saúde, laboratórios estaduais, imunobiológicos, capacitações e imunização, com estratégias de microplanejamento e multivacinação.

A nova condição permite ao Brasil iniciar o processo de recertificação como país livre do sarampo, uma categoria que foi suprimida em 2019. Em 2018, o país causou a reintrodução do vírus devido ao intenso fluxo migratório e às baixas coberturas vacinais em alguns municípios. Anteriormente, o Brasil havia recebido a certificação de país livre da doença em 2016.

Éder Gatti, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis, destacou o reconhecimento da comissão ao esforço brasileiro na recuperação das coberturas vacinais. “Foi recomendado que continuemos com o microplanejamento como estratégia de fortalecimento da vacinação nos municípios. É preciso considerar o trabalho desenvolvido por estados e municípios no combate ao sarampo”, afirmou.

O evento contou com a participação presencial de representantes do Ministério da Saúde do Brasil e da Venezuela, da Câmara Técnica Nacional de Especialistas de Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita, além da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita. Ministérios da Saúde de diversos países das Américas também participaram virtualmente.