Andreia Donadon Leal, natural de Itabira, no Vale do Aço Mineiro, mas residente de Mariana há 25 anos é uma renomada especialista em Artes Visuais, arteterapeuta, mestre em Literatura e doutora em Educação. Ela já expôs em galerias de destaque tanto no Brasil quanto no exterior, incluindo uma exposição no Museu do Louvre, em Paris, onde representou Minas Gerais em 2012 com a obra “Martírio”.
O TJMG lançou edital para seleção de artistas para exporem neste segundo semestre de 2023. A artista concorreu com 59 artistas e foi comtemplada. “Expor em uma grande galeria é um sonho de todo artista plástico, porque uma exposição é uma oportunidade de o público ver um conjunto tematizado de obras que representa a estética do artista,” comemorou Andreia.
“Aldravinturas” é o título da sua exposição que abriga telas vívidas e repletas de cor, todas criadas com as pinceladas inspiradas de Andreia Donadon Leal. Além das telas, a artista inclui um conjunto de cinco peças de roupa nas quais o artista inseriu tintas, frases fragmentadas e novos elementos, expandindo objetos do cotidiano em peças significativas e abertas à interpretação do espectador.
Para a artista, os visitantes vão ter a oportunidade de mergulhar num universo multicolorido e sem fronteiras. São florais imaginários, abstraídos do subconsciente; portais, como se o espectador estivesse passeando no interior de cavernas; e alertas ambientais, com a exposição do processo de devastação de paisagens por queimadas ou o substrato de desastres ambientais, com a distopia de uma terra em lamas. Verão ainda o herói maior de Minas Gerais, Tiradentes, na sua acepção original, sem rosto, mas identificável pelas cordas do enforcamento e as cores do martírio, além de encontrar uma tela interativa, para que o espectador possa ser fotografado dentro da tela, transformando-se em obra de arte. “Sinto-me honrada e orgulhosa em ter a oportunidade de expor numa galeria de tanto prestígio, especialmente por ter sido selecionada entre tantos artistas talentosos. Creio que a apresentação de novas estéticas seja o que a crítica e o público desejam ver. Isso a arte Aldravista contempla, pois tem sim uma nova estética, que toca em volumetrias sobre telas planas constituídas pelas próprias tintas ou por projeções em perspectivas mergulhadas em gotejamentos e borrões que propiciam a emergência de um fenômeno chamado pareidolia, aquele de se encontrar imagens de coisas ou seres em nuvens, por exemplo,” afirma a artista.
A arte de Andreia faz parte do chamado “Movimento de Arte Aldravista”, que surgiu em Minas Gerais e se destaca pela liberdade criativa e pela recusa em se submeter às normas acadêmicas ou críticas convencionais. Seu trabalho é caracterizado por uma linguagem minimalista, sintética, insinuante e universal, da qual a poesia transborda. “Aldravinturas” estará em exibição até 10 de outubro, no piso térreo do TJMG, localizado na Av. Afonso Pena, 4001, com entrada gratuita. Grupos de estudantes interessados em visitar a exposição podem agendar a visita pelo e-mail conhecendo@tjmg.jus.br. Não perca a oportunidade de explorar esse universo artístico multicolorido e repleto de significados que transcendem as fronteiras convencionais da a