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Semana nacional de controle e combate à leishmaniose: Prevenção e conscientização

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A transmissão do parasita ocorre exclusivamente por meio da picada do mosquito infectado

A Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, que ocorreu de 10 a 17 de agosto, tem como objetivo divulgar informações sobre essa doença infecciosa, porém não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas se multiplicam dentro das células do sistema de defesa do indivíduo, os macrófagos. A leishmaniose apresenta dois tipos principais: a leishmaniose tegumentar ou cutânea, e a leishmaniose visceral ou calazar.

A transmissão da leishmaniose ocorre por meio de insetos hematófagos, conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Apesar de pequenos, medindo entre 2 a 3 mm, esses insetos são capazes de atravessar telas e mosquiteiros devido ao seu tamanho reduzido. A doença tem como principais fontes de infecção os animais silvestres e os insetos flebotomíneos, com cães domésticos e cavalos também permaneceram como hóspedes.

Na leishmaniose, roedores silvestres, tamanduás e preguiças são os principais reservatórios, enquanto na leishmaniose visceral, uma fonte de infecção é a raposa do campo. A transmissão em áreas urbanas se torna preocupante devido ao grande número de cães, que podem adquirir uma infecção e desenvolver quadros semelhantes aos humanos.

Diferentemente do que se pode pensar, a doença não é contagiosa entre pessoas ou animais. A transmissão do parasita ocorre exclusivamente por meio da picada do mosquito infectado. O período de incubação varia de 10 dias a 24 meses, sendo a maioria dos casos entre 2 a 4 meses.

Os sintomas da leishmaniose visceral incluem febre intermitente, fraqueza, perda de apetite, anemia, aumento do baço e do fígado, problemas respiratórios e sangramentos. Na leishmaniose ferida, uma ferida recoberta por crosta ou forte purulenta é característica. Outras formas da doença podem afetar as mucosas do nariz ou da boca, causando deformações graves.

O diagnóstico e tratamento devem ser realizados por profissionais de saúde, com detecção precoce sendo fundamental para evitar complicações. Embora não exista vacina para leishmaniose humana, há vacinas para leishmaniose visceral canina, mas o Brasil não adota a vacinação canina como medida de controle para leishmaniose humana.

Durante a Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, medidas de prevenção são ressaltadas. Evite a construção de casas próximas à mata, use repelentes e mosquiteiros em áreas de risco, mantenha áreas limpas ao redor das residências e abrigos de animais, além de fazer podas periódicas nas árvores, são estratégias importantes.

O combate à leishmaniose exige uma abordagem multidisciplinar, envolvendo profissionais de saúde, autoridades e conscientização da população. A prevenção é o caminho chave para controlar essa endemia silenciosa, que afeta não apenas os animais, mas também os seres humanos.