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Garimpeiros de Antônio Pereira lutam por reconhecimento pelo rompimento de Fundão

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A comunidade destaca a redução do turismo e a perda de renda, além da preocupação com o futuro diante da possível saída das mineradoras.

A Associação de Garimpeiros Tradicionais de Antônio Pereira, entregou um documento à Câmara Técnica Índigena e Povos e Comunidades Tradicionais (CT-IPCT) reivindicando o reconhecimento da comunidade como atingido pelo colapso da Barragem de Fundão em 2015. A carta foi elaborada em conjunto com o Instituto Guaicuy e destaca os efeitos devastadores do desastre, incluindo perda de vidas, e paralisação de atividades centenárias.

A reunião para a entrega da carta ocorreu na quinta-feira (27), e a comunidade garimpeira de Antônio Pereira foi representada por Ivone Pereira e Wilson Nunes. Eles defendem que a destruição causada pelo colapso da barragem é mais ampla e prejudicou outras regiões que ainda não foram reconhecidas como atingidas.

O Rio Gualaxo, que nasce em Antônio Pereira e faz parte da Bacia do Rio Doce, foi afetado, impactando a atividade garimpeira tradicional da região. A comunidade destaca a redução do turismo e a perda de renda, além da preocupação com o futuro diante da possível saída das mineradoras da região.

Os garimpeiros argumentam que o reconhecimento junto à CT-IPCT é crucial para garantir seus direitos e representatividade na Câmara Técnica, permitindo que solicitem a ocupação de duas cadeiras na entidade. A busca por justiça e a preservação do território do Alto Rio Doce ganham força com essa demanda, que reforça a importância do reconhecimento dos garimpeiros tradicionais como parte integrante da comunidade atingida pelo desastre de Fundão.

Vale lembrar que o garimpo tradicional de Antônio Pereira possui características próprias e é realizado com respeito ao meio ambiente, diferentemente das grandes atividades da mineração. Essa atividade faz parte dos modos de vida da comunidade e tem um papel importante na geração de renda familiar e subsistência há centenas de anos. O Instituto Guaicuy atua como Assessoria Técnica Independente das pessoas atingidas pelas obras de descomissionamento da Barragem Doutor desde dezembro de 2022, apoiando os garimpeiros tradicionais de Antônio Pereira na elaboração do documento entregue à CT-IPCT.