A Copa do Mundo Feminina, foi tão aguardada e prestigiada… Ou, pelo menos, deveria! E o Brasil, em sua infinita abundância, deu um “pequeno” passo à frente ao permitir que servidores públicos e municipais desfrutem dos jogos, flexibilizando seus horários. Uau! As mulheres estão finalmente sendo agraciadas com a permissão de participar de um evento esportivo, que avanço!
Por décadas, as mulheres foram impedidas de jogar futebol, afinal, o esporte era “coisa de homem”, e acreditava-se que as mulheres eram frágeis demais para tal atividade. Parabéns ao progresso do século passado!
A seleção feminina, liderada por Pia Sundhage, representa um verdadeiro avanço, afinal, quem poderia imaginar que um dia as mulheres poderiam ser responsáveis por uma “criaturinha chamada seleção feminina”?
Não podemos negar que a visibilidade e o apoio ao futebol feminino são realmente “um pouco” menor em comparação ao masculino, mesmo elas dando um show em sua estreia na goleada no Panamá. Algumas marcas, estão começando a dar uma “pequena” atenção ao evento, o que é mais do que suficiente, certo? Devagar e sempre!
E quanto ao investimento e remuneração discrepantes? Bem, pelo menos a recompensa concedida, “um pouquinho”. Claro, ainda estamos longe da igualdade com o futebol masculino, mas quem se importa com esses detalhes, não é mesmo? Dez vezes mais que em 2015 é um “avanço fenomenal”… só que não. Por fim, o Brasil é conhecido como o país do futebol, mas, aparentemente, só quando se trata do time masculino. Mas não se preocupem, mulheres, estamos fazendo um “esforço gigantesco” para transmitir alguns jogos! Afinal, quem precisa de uma cobertura completa?
Enfim, a Copa do Mundo Feminina é uma verdadeira comédia irônica, mostrando o quão longa é a estrada para a igualdade entre homens e mulheres. Mas não se preocupem, mulheres, quem sabe daqui a algumas décadas vocês poderão desfrutar do mesmo palco que os homens no esporte…
Enquanto isso, continuamos a aplaudir os “grandes feitos” realizados até agora. Bravo, Brasil! Bravo, mulheres!