Na última quinta-feira (15), Rômulo Passos visitou as obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mariana, onde entrevistou José Geraldo, representante da empresa Terra e Técnica responsável pela obra. Um dos principais pontos de controvérsia em relação à UPA é o muro que a cerca. Segundo José Geraldo, durante a gestão do ex-Prefeito interino Juliano Duarte, foi decretada situação de emergência devido ao risco de deslizamento e ruptura do prédio. O poder público não podia se arriscar nesse aspecto, o que levou à construção do muro. Atualmente, a obra encontra-se em um estágio moderado, aguardando a liberação de termos aditivos pela prefeitura e o pagamento devido. José Geraldo acredita que, se houver essas liberações, a obra poderá ser finalizada em cerca de 90 dias.
Em relação aos custos, estima-se que a prefeitura precisaria gastar cerca de 3,5 milhões de reais para a parte interna do prédio e de 6 a 7 milhões de reais para a parte externa, de acordo com o orçamento da Terra e Técnica.
José Geraldo expressou seu desejo de concluir a obra, mesmo que seja a última que ele realize em Mariana. Ele mencionou que o Prefeito Edson Agostinho ainda não compareceu às obras este ano, ou, se compareceu, não estava presente. Entre os visitantes recentes, José Geraldo destacou os vereadores Juliano Duarte, Pedrinho Salete e Manoel Douglas.
Em busca de esclarecimentos Rômulo Passos retornou às obras da UPA na quarta-feira (21). Dessa vez, além de José Geraldo, estavam presentes o Procurador do Município, Juliano Barbosa, e o Secretário de Obras, Leonardo Rodrigues. O Secretário explicou que a obra foi licitada com o prédio, mas, ao longo do processo, percebeu-se a necessidade de serviços complementares. Para realizá-los, é preciso autorização e aditivos que ainda não foram liberados. Ele citou o exemplo do ar condicionado, que demandaria a retirada do forro. Os serviços complementares dependem das licitações e autorizações da prefeitura.
Segundo José Geraldo, o maior problema enfrentado pela UPA é o reforço estrutural, pois a obra foi iniciada em 2014 e ficou parada por sete anos ocasionando os problemas estruturais da UPA. Ele culpa o prefeito da época, o Secretário de Saúde e outros responsáveis pelas circunstâncias atuais.
O Procurador Juliano Barbosa esclareceu que a contratação da UPA começou em um contrato diferente, iniciado em 2015, e que os problemas estruturais são uma questão separada. Ele ressaltou a importância de um relatório detalhado sobre as causas das patologias apresentadas para determinar as responsabilidades. Caso os problemas sejam provenientes de falhas na execução inicial, o município não pode simplesmente pagar sem questionar, visando a preservação do dinheiro público.
Diante dos impasses e atrasos, o aditivo para a conclusão da obra está em discussão, levando em consideração aspectos técnicos e o cuidado necessário com o dinheiro público. Ele ressalta que a prefeitura não tomará decisões precipitadas e buscará corrigir erros anteriores e responsabilizar os culpados, em vez de simplesmente adicionar mais aditivos ao contrato.
As duas entrevistas completas podem ser conferidas no canal do YouTube do Jornal Ponto Final. É uma oportunidade para os cidadãos acompanharem os detalhes das discussões e estarem informados sobre as ações e planos futuros para a obra.