Vivemos em uma era em que a tecnologia nos oferece uma janela para o mundo, permitindo-nos capturar e compartilhar momentos significativos com um simples toque. No entanto, nos últimos tempos, uma preocupante tendência tem chamado nossa atenção: a priorização da gravação de acontecimentos sem ao menos prestar solidariedade. Cada vez mais, testemunhamos situações em que as pessoas, ao se depararem com incidentes, se apressam em pegar seus smartphones para registrar o ocorrido, em vez de oferecer uma mão amiga. Essa busca incessante por conteúdo viral e likes nas redes sociais parece ter ofuscado o verdadeiro valor do amor ao próximo.
É importante lembrar que, como seres humanos, temos a responsabilidade de cuidar uns dos outros. O amor ao próximo é um princípio fundamental que nos une como sociedade e nos impulsiona a agir em prol do bem-estar coletivo. Ao filmar um incidente ou uma situação de perigo, devemos nos perguntar: qual é o propósito dessa ação? É meramente para obter likes e compartilhamentos nas redes sociais, ou existe uma intenção genuína de ajudar, conscientizar e promover a mudança positiva?
A tecnologia pode desempenhar um papel importante na documentação de injustiças, sensibilizando o público e promovendo a responsabilização. Nossas ações devem refletir nossa compaixão e empatia. Devemos lembrar que o simples ato de estender a mão a alguém em dificuldade pode ter um impacto significativo e duradouro. Enquanto estivermos ocupados filmando, não podemos nos esquecer da importância de sermos parte ativa e solidária da comunidade em que vivemos.
É hora de refletir sobre nossas prioridades como sociedade e como indivíduos. Precisamos redescobrir o valor do amor ao próximo, da solidariedade e da prontidão para ajudar. Somente assim seremos capazes de criar um mundo em que o cuidado pelo outro seja a base de nossas ações, e não a busca incessante por atenção digital. Vamos aproveitar a tecnologia de forma responsável, consciente e compassiva.