Com os casos de dengue aumentando a lotação nos postos de saúde em Mariana, o Jornal Ponto Final entrevistou esta semana a Ludmila Gomes, Subsecretária de Vigilância e Proteção a Saúde e Érica Bárbara do Setor de Zoonozes.

Mariana está entre as cidades do interior de Minas que mais notifica casos de dengue neste ano de 2023. Prevenir será sempre o melhor caminho, dessa forma a especialista em vigilância pontua que providências vêm sendo tomadas desde janeiro deste ano. “Na vigilância a gente trabalha com prevenção e em janeiro nós realizamos o primeiro Lira (metodologia que permite o conhecimento de forma rápida, por amostragem) que mostra como está a proliferação do Aedes Egypti que é o mosquito transmissor das arboviroses, dengue e chikungunya. Desde esse primeiro momento nós já intensificamos as ações de combate e controle. Realizamos mutirões de limpeza nos bairros onde os índices eram mais elevados, já foram retirados cerca de 400 caminhões de inservíveis e lixos dentro das residências. E desde as primeiras notificações os agentes de endemias vão até as casas das pessoas contaminadas para realizar o bloqueio de transmissão”, pontuou.

Sobre a dificuldade de combate à proliferação da dengue a subsecretária enfatiza o quanto os agentes são impedidos de realizar as visitas de prevenção. “Estamos tendo uma grande negativa da população em receber os agentes para que a gente consiga realizar o trabalho da melhor maneira. Se a gente não consegue adentrar na residência onde existe casos suspeitos ou confirmados a tendencia de proliferar é muito grande” explica Ludmila.

O município possui profissionais qualificados e com olhar treinado para identificar focos. A Érica explica que a maioria dos casos são contaminações em residência. “Nós temos equipe, profissionais e logística para atender a população, mas temos uma dificuldade grande e eu queria frisar que 80% dos focos estão dentro das residências”.

A entrevista foi realizada pela TV Ponto Final e pode ser conferida na íntegra pelo canal no YouTube.