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Caso Yuri: Autor é condenado a 13 anos e 6 meses após julgamento

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Após pouco mais de um ano que o crime foi cometido, o autor foi julgado e condenado.

Na terça-feira (18), aconteceu o julgamento do autor do crime que tirou a vida de Yuri Ricardo, morto com uma garrafada no pescoço na Praça Gomes Freire no dia 13 de março de 2022. O diretor d Jornal e TV Ponto Final, Rômulo Passos acompanhou o julgamento e conversou com o pai do Yuri o Senhor Paulo César, muito emocionado disse: “Hoje estamos aqui de coração partido. Todos familiares e amigos, a gente espera justiça né?! E que isso não possa acontecer novamente com outras famílias, com outros pais e outros filhos e a gente espera que a justiça seja feita. E se Deus quiser vai ser feita, a gente está na esperança disso…” conclui.

            O julgamento durou cerca de 14 horas e o autor do crime foi condenado com uma pena de 13 anos e 6 meses. Após o julgamento, a redação do Jornal e TV Ponto Final, entrou em contato com a família da vítima e o Júlio Eduardo cunhado da vítima nos enviou seu relato: “O júri condenou o autor em tudo que era possível nas duas qualificadoras ele foi condenado, mais a decisão da juíza infelizmente a família não concorda, na verdade acredito que nem só a família até as pessoas que estavam lá, tantos os leigos, como os estudantes de direito também os advogados formados que estavam lá para assistir todo mundo esperava ali uma pena de no mínimo 16 anos, porque o quanto esse crime repercutiu, onde aconteceu na praça cartão postal da cidade, diante de tanta gente foi uma barbaridade imensurável esse tipo de ação. Então assim como o ranger da pena dele fica entre 12 a 30 anos a família e todos que estavam ali acreditavam que a pena seria de no mínimo  16 anos, estávamos esperando sinceramente de 20 há 22 anos ali de pena, 13 anos e muito próximo do mínimo, me parece que ele tem lá outros processos mais como ele nunca foi condenado, ele vai responder como réu primário, então desses 13 anos ele vai pagar dois quintos, e é provável que ele não fique nem cinco anos preso, pra quem tirou a vida de uma pessoa tão querida, quem destruiu uma família… já se passou mais de um ano e minha sogra chora quase todo dia, ai o rapaz fica preso só cinco anos? A impressão que passa e que realmente a justiça no pais ela nos leva a crer que ela é fraca, violenta é suicida. Gostaria de deixar claro que a família respeita a decisão do juiz só que não concorda, pela questão da liberdade de expressão no país a gente e livre para não concordar…’’ finalizou Júlio.

 Procuramos também os advogados Dra. Michele Alves, advogada de acusação da família e o Dr. Zanone Júnior, advogado de defesa do autor ambos nos enviaram seus relatos pós julgamento, confira o da Dra. Michele na integra:

“Foi um julgamento pacífico, em que pese a dor dos familiares de Yuri não houve nenhum protesto ou ataque a parte Ré. Além de demorado, muito conflitante no aspecto jurídico e probatório. A defesa alegou inverdades, levantou falsas acusações contra a vítima, Yuri Ricardo, levando a entender que seria o Yuri causador de sua própria morte. Em todo o curso do processo não trouxe elementos capazes de sustentar que Thiago teria sido agredido por Yuri, e como narraram, mais 2 amigos… Sendo pisoteado. Inverdades, mas que fazem parte da defesa do acusado. Ao contrário, a acusação foi a todo tempo, embasada em provas técnicas refutando todas as alegações trazidas pela defesa. O júri por sua vez, condenou o réu, reconhecendo inclusive o recurso que dificultou a defesa da vítima. Embora tenha o Corpo de Jurados condenado nessas circunstâncias, a família por intermédio de sua advogada, ora assim denominada e atuante no processo como assistente de acusação, se demonstra plenamente inconformada com a pena aplicada ao caso, pena essa no patamar de 13 anos e 6 meses. Uma pena tão ínfima face a tamanha brutalidade. Estamos no prazo de apresentar recurso apelativo, o qual será feito nos próximos dias. Buscamos além da condenação, o que conseguimos uma pena maior e na proporção do ato covarde que ceifou a vida de Yuri Ricardo. Na verdade, o acusado ao cometer tamanha covardia ceifou não somente a vida de Yuri. Mas a vida de muitos. Familiares, amigos e um filho de 06 anos. Buscamos além da condenação um ideal. Um propósito. Justiça! A batalha continua. Árdua, dolorida. Mas acima de tudo e sempre justa!”

O Dr. Zanone Júnior relatou: “Nós gostamos do resultado, porque após a instrução, a gente verificou que o dolo não existia, apesar da confissão, da prática do fato, da garrafada, e como não existia aquele dolo direto, aquela intenção premeditada de matar, nós buscamos uma condenação por lesão corporal seguida de morte e a pena poderia chegar até 12 anos. Como houve o decote de uma qualificadora que era já um artigo pleito da defesa no sentido do decote da qualificadora da crueldade porque não houve qualquer intenção de prolongar o sofrimento da vítima e o conceito de sentença reconheceu isso, a pena ficou muito aproximada da tese principal que era lesão corporal seguida de morte, então a defesa acabou ficando satisfeita, e a instrução plenária acabou demonstrando também que ambos, o autor e a vítima eram homens trabalhadores, envolvidos na sociedade, integrados na sociedade e que se apaixonaram pela mesma mulher, e esse amor a três acabou sendo o móvel do crime. Parabenizamos o trabalho realizado pela juíza e pelos demais integrantes do conselho de sentença “encerrou.

Relembre o caso

Yuri, de 25 anos, foi morto com uma garrafada no pescoço na Praça Gomes Freire. A vítima estava no Jardim de Mariana, quando o autor do crime chegou de surpresa e o golpeou com uma garrafada no pescoço. Segundo relatos a motivação do crime deu-se por ciúmes, no dia 13 de março de 2022.

Mesmo ferido, a vítima tentou uma luta corporal, porém por estar com um grande sangramento se dirigiu em direção à viatura da Polícia Militar para pedir socorro. De imediato a viatura o socorreu e levou ao Hospital Monsenhor Horta, onde o médico informou que a situação era gravíssima, pois a vítima apresentava uma hemorragia possivelmente na artéria carótida. A vítima não resistiu e veio a óbito.