Uma adolescente que seria a responsável pela divulgação da chamada “Lista do Massacre”, que trazia 35 cidades mineiras que poderiam ser alvo de ataques em escolas, foi alvo de mandados de busca e apreensão nesta segunda-feira (17). A informação foi divulgada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que abriu uma investigação sobre o caso e contou, na operação, com o apoio do Ministério Público e a Polícia Civil de São Paulo, onde a menor reside.
A operação “A Lista”, ainda conforme o órgão mineiro, contou com diligências cibernéticas que possibilitaram a identificação da pessoa responsável pela publicação no TikTok. Antes de ser retirado do ar pela rede social, o vídeo atingiu mais de 100 mil pessoas.
“Na ação, foi dado cumprimento a mandado de busca e apreensão e apreendidos um celular e um laptop. A pessoa identificada confessou ser a autora da postagem e, a princípio, não representa perigo, não possuindo informação concreta sobre a organização de ataques em Minas Gerais”, detalhou o MPMG.
Ainda de acordo com o órgão, por se tratar de uma adolescente, “foram adotadas todas as cautelas necessárias para a proteção de sua imagem, identidade e integridade”. Por isso, nem mesmo a cidade onde a menor vive foi divulgada pelo órgão.
Escolas de Minas Gerais convivem com uma onda de ameaças de atentados. Os casos preocupam as autoridades e causam pânico em estudantes, professores e diretores. Recentemente, ocorreram episódios de violência em escolas de São Paulo, Santa Catarina e Goiás.
No último dia 9 de abril, circulou nas redes sociais uma “Lista do Massacre”, que trazia 35 cidades mineiras que poderiam ser alvo de atentados. O caso levou à falta em massa de estudantes em escolas de Belo Horizonte e região metropolitana.
O governo de Minas convocou uma coletiva na última quarta-feira (12) para anunciar novas medidas de proteção à violência e fortalecimento da rede de proteção nas escolas. Investimento em câmeras de segurança e orientação para controle mais rígido de acesso às instituições estão entre as medidas.
Instituições de ensino que sofram ameaças de massacre devem entrar em contato com a Polícia Militar (PM), por meio do telefone 190. Outra possibilidade é acionar diretamente o batalhão de polícia mais próximo. Todo o efetivo da corporação está com a relação de todas as escolas do Estado, sejam municipais, estaduais, federais ou particulares.