A mamografia é considerada o exame padrão para o rastreamento do câncer de mama, mas acaba sendo desconfortável para as mulheres por causa da compressão do tecido mamário, que costuma causar dores. Mas isso pode estar com os dias contados. Um grupo de cientistas da Universidade Sheffield Hallam, no Reino Unido, desenvolveu um método não invasivo capaz de detectar a doença por meio da impressão digital e o melhor: com precisão de 97,8%.
Os pesquisadores utilizaram uma tecnologia aplicada para investigar drogas, moléculas biológicas e fármacos em tecidos e aplicaram em 15 voluntárias com câncer de mama, inicial ou metastático, submetidas a esfregaços na ponta dos dedos para coleta de material. O método considera as proteínas de interesse oncológico presentes no suor capturado nas digitais. Com o uso de aprendizado de máquina, as amostras foram analisadas e foi constatada a precisão de quase 98% na detecção dos tumores. Os achados foram publicados da revista Scientific Reports.
A técnica está em fase inicial de desenvolvimento e Simona defende seu aprimoramento por meio de investimentos. “Essas são descobertas empolgantes e, dado o impacto potencial, devemos buscar a validação para um lançamento futuro. Seria imprudente não financiar esse trabalho de acompanhamento”, completa a autora do estudo. O grupo pretende ampliar o estudo incluindo mais voluntárias.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um balanço de 2020 apontou que foram diagnosticados 2,3 milhões de casos no mundo e 685 mil mortes. No Brasil, foram contabilizados 73,6 mil casos e mais de 18 mil mortes em 2022. Entre os principais sintomas, estão: nódulo geralmente indolor, saída anormal de líquido pelos mamilos, alterações nos mamilos, pele mama avermelhada ou com aparência de casca de laranja e presença de pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço.