Um estudo realizado pelo professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Rafael Kopschitz, encontrou problemas de não cumprimento das exigências mínimas de amostragem, monitoramento e qualidade da água presente nos sistemas de abastecimento de Ouro Preto, sob responsabilidade da Saneouro.
O estudo diz que não são poucos os casos em que a amostragem, tanto na saída do tratamento quanto no sistema de distribuição, ficou muito aquém do exigido, o que pode causar em riscos à saúde do consumidor.
A Saneouro enviou um comunicado à imprensa esclarecendo sobre o recente estudo feito pelo professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Rafael Kopschitz, que encontrou problemas como o não cumprimento das exigências mínimas de amostragem, monitoramento e qualidade da água presente nos sistemas de abastecimento de Ouro Preto. De acordo com a concessionária, o levantamento possui informações inverídicas e dados inconsistentes, além de ser um material enviesado. Segundo a Saneouro, o estudo é enviesado, uma vez que o autor é coordenador de uma ONG ativista contrária à participação de empresas privadas na prestação de serviços públicos. A concessionária se refere ao Observatório Nacional do Direito à Água e Saneamento (ONDAS), que vem tendo atuação nas mesas de diálogo com a Prefeitura de Ouro Preto para que haja a remunicipalização do serviço de abastecimento hídrico na cidade.
A Saneouro afirmou que mantém a qualidade da água nos padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A concessionária disse ainda que realizou investimentos na ordem de R$ 44 milhões para tal.
Na última semana uma criança foi hospitalizada com dores abdominais, diarreia, vômito e dor de cabeça na cidade de Ouro Preto diagnosticada pelos médicos como contaminação advinda da água. Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da empresa, mas até o fechamento desta edição não obtivemos resposta.